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Tragédia climática

Frio intenso no Pantanal mata mais de MIL bovinos e prejuízo chega a R$ 3 milhões

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MATO GROSSO

Frio intenso no Pantanal sul-mato-grossense causa devastação e comoção entre produtores de gado. Centenas de cabeças de gado não resistem às baixas temperaturas, deixando prejuízos estimados em cerca de R$ 3 milhões de reais

Uma onda de frio intenso abalou o coração do Pantanal sul-mato-grossense, trazendo consigo uma tragédia climática que deixou produtores de gado em estado de choque. Mais de mil cabeças de gado sucumbiram às baixas temperaturas, causando prejuízos estimados em milhões de reais. A comoção e a dor tomaram conta da região, revelando os desafios enfrentados pelos bravos criadores de gado diante de fenômenos naturais adversos.

A devastação no Pantanal

A região da Nhecolândia, localizada no Pantanal sul-mato-grossense, foi duramente atingida pela onda de frio implacável. A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) confirmou que 1.071 cabeças de gado pereceram devido às condições climáticas severas. Os produtores rurais, que dedicaram seus esforços e recursos para cuidar e nutrir seus rebanhos, agora enfrentam um prejuízo estimado em milhões de reais.

A luta da Iagro

Equipes da Iagro estão percorrendo as propriedades afetadas, investigando minuciosamente as mortes relacionadas ao frio intenso. Embora as perdas de animais sejam comuns nessa região durante períodos de temperaturas baixas, o impacto dessa onda de frio específica foi particularmente desolador. O diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold, expressou preocupação com a situação, observando que as temperaturas registradas foram as mais baixas do ano. Infelizmente, ainda há o temor de que ocorram mais mortes nos próximos dias.

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O testemunho dos produtores

As histórias de perda e tristeza se multiplicam nas propriedades rurais do Pantanal. Um fazendeiro de Corumbá, que preferiu não ser identificado, relatou o desespero de encontrar 25 bezerros sem vida, resultando em um prejuízo estimado em R$ 40 mil. Os animais estavam destinados a se tornarem parte essencial da criação e do gado de corte, representando um investimento de meses de trabalho árduo. A dor desse produtor reflete a angústia vivenciada por muitos outros que compartilham do mesmo destino cruel.

O impacto emocional

A tragédia vai além do impacto econômico imediato. Os produtores rurais enfrentam uma batalha emocional ao testemunhar a perda de animais que fazem parte de suas famílias e representam a base de sua subsistência. José Ginevaldo Vitório, criador da fazenda Recanto das Águas, relata que nunca havia vivenciado uma situação tão devastadora antes. Ele perdeu cinco vacas da raça nelore, mas ouviu relatos ainda mais tristes de vizinhos que perderam até 20 animais. É um momento de luto e de apoio mútuo entre os produtores que compartilham essa dor.

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Condições climáticas adversas

Os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) revelam que a madrugada desta sexta-feira (16) registrou temperaturas de 11°C em Corumbá, com sensação térmica ainda mais baixa, atingindo 9°C. Essas marcas históricas confirmam a severidade do frio que castigou a região do Pantanal sul-mato-grossense. Apesar de o frio continuar neste fim de semana, a expectativa é de que as temperaturas comecem a subir a partir da próxima segunda-feira (19), marcando a transição do outono para o inverno.

Veja baixo a análise do Climatempo para o Centro-Oeste.

Solidariedade e resiliência

Em meio à tristeza e à devastação, a solidariedade e a resiliência dos produtores rurais se destacam. O setor agropecuário é conhecido por sua capacidade de se recuperar diante de adversidades, e essa situação não é diferente. É hora de unir esforços, oferecer apoio emocional e buscar soluções para proteger o gado contra eventos climáticos extremos no futuro. Essa tragédia climática serve como um lembrete poderoso da importância de implementar medidas de prevenção e cuidado para garantir a segurança e o bem-estar dos animais.

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MATO GROSSO

Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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