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Governador do Pará defende proposta conjunta dos estados da Amazônia: “Caititu fora da manada é comida de onça”

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O governador do Pará, Helder Barbalho, defendeu que os estados que compõem a Amazônia assinem uma proposta conjunta de sugestões para o texto da Reforma Tributária, que está prestes a ser colocada em votação no Congresso Nacional.

A sugestão foi feita no encerramento do 25º Fórum dos Governadores, na última semana, no Palácio Paiaguás, em Cuiabá. Helder é presidente do consórcio, que reúne os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Helder mostrou preocupação com a atual conjuntura da proposta, que cria estados superganhadores e outros superperdores com as alterações no modelo de tributação.

“Vamos assinar essa carta conjunta entre os estados, que está sendo elaborada pelos secretários de Fazenda de Mato Grosso, Pará e Amazonas. Precisamos ter compreensão que caititu fora da manada é comida de onça”, afirmou.

De acordo com o presidente do Consórcio, a previsão de prejuízos que muitos estados deverão ter caso a reforma seja aprovada da forma como tem sido divulgada, a exemplo de Mato Grosso, é “preocupante”.

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“Não é porque eu não tenho um distrito industrial e, consequentemente, não sou Zona Franca, que eu não vou ser solidário com o Amazonas e com o Amapá. O Pará deve ganhar muito, mas eu não posso ganhar às custas do sacrifício de Mato Grosso. É autofagia federativa”, disse.

Helder registrou a necessidade de os nove estados da Amazônia se unirem para defender os interesses dos mais de 30 milhões de pessoas que moram na região e poderão ser afetados pelas mudanças previstas na reforma.

“Precisamos nos juntar como região para fazer nossas manifestações, que são caras e fundamentais. Precisamos ter um discurso único para nos fortalecer na agenda regional da reforma tributária, pois estamos num momento decisivo”, finalizou.

Preocupações

Nas últimas semanas, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, tem conversado com diversos agentes políticos em Brasília sobre os perigos da reforma ser aprovada no modelo como tem sido divulgada.

De acordo com o governador, esse modelo poderá causar grande prejuízo às indústrias de Mato Grosso e das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste além de afugentar novos investimentos, uma vez que irá eliminar os incentivos fiscais.

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Mauro Mendes destacou que é mais caro e difícil para uma indústria se instalar nessas regiões, e por isso é necessário que o Poder Público tenha medidas compensatórias.

Também foi sugerido pelo governador que a extinção dos incentivos fiscais ocorra de forma mais lenta, para dar tempo aos estados de encontrarem novas alternativas para atrair as indústrias.

Outra preocupação é o fato de a tributação passar a ser no local de consumo, e não mais no local de produção. Como Mato Grosso é um grande estado produtor, mas de população pequena e baixo consumo, a previsão é de uma queda significativa na arrecadação.

Fonte: Governo MT – MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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