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Governador: “Enquanto os países ricos aumentam consumo de carvão, MT é potência ambiental”

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O governador Mauro Mendes afirmou que Mato Grosso tem dado exemplo para o mundo ao aliar a produção de alimentos em larga escala com a preservação ambiental, na contramão dos países ricos, que têm aumentado o consumo de carvão – uma das principais causas das emissões de carbono.

A declaração ocorreu nesta segunda-feira (04.12), durante a 28ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 28.

Mauro participou do painel com o tema “Transição econômica para a Amazônia: desenvolvimento socioeconômico de baixas emissões”, junto aos demais governadores dos estados que compõem a Amazônia brasileira.

“A primeira COP aconteceu em Berlim há quase 30 anos. E lá ficou pactuado que os países reduziriam suas emissões. A queima de carvão nas térmicas ao redor do planeta é um dos principais ofensores para a emissão dos gases do efeito estufa. Mas no ano passado a queima de carvão do mundo aumentou e continua aumentando ao longo desses 30 anos”, criticou.

Para o governador, muitas das críticas dos países ricos ao Brasil são infundadas.

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“É mais fácil falar da Amazônia brasileira. É mais fácil nos criticar, criticar o Brasil, criticar a todos nós que estamos preservando mais de 60% do nosso território. Não podemos aceitar que o mundo aponte o dedo pra nós quando grande parte do mundo não está fazendo sua parte, principalmente os países desenvolvidos”, destacou.

O governador pontuou que o Brasil e Mato Grosso precisam assumir “o papel de potência ambiental”.

“Nós somos um exemplo para o mundo e muitas vezes somos transformados em vilões. Temos que assumir esse papel de potência ambiental. É a única região do planeta que pode, nos próximos anos, nas próximas décadas, produzir alimentos acima do crescimento da demanda mundial”, relatou.

Como exemplo da preservação, Mauro Mendes citou que Mato Grosso reduziu o desmatamento em mais de 80% nos últimos 20 anos.

“Todo esse trabalho de preservação está alinhado com as políticas da ONU. A estabilidade do clima é fundamental para a produção de alimentos e para a segurança alimentar do planeta. E somos um dos maiores produtores de alimentos do mundo”, disse.

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De acordo com o governador, a preservação é um dever de todos, já que toda a população tem sentido os efeitos das mudanças climáticas.

“No Brasil hoje nós vivemos de uma maneira muito clara os efeitos dessas mudanças. Chuvas intensas no sul, seca no médio norte do país e no norte do país. Teremos neste ano uma perda gigantesca na nossa safra, por conta da mudança no ritmo das chuvas. Essa é uma realidade que está impactando o meu estado e impacta o planeta”, completou.

Também participaram do evento: a primeira-dama Virginia Mendes; os deputados estaduais Paulo Araújo e Max Russi; a prefeita de Jaciara, Andreia Wagner; o procurador-geral de Contas, Alisson Alencar; os secretários de Estado Mauren Lazaretti (Meio Ambiente), Grasielle Bugalho (Assistência Social e Cidadania) e César Miranda (Desenvolvimento Econômico); o presidente do Instituto Mato-grossense da Carne, Caio Penido; e o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso, Silvio Rangel.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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