MATO GROSSO
Governador nega viés político em intervenção na Secretaria de Saúde de Cuiabá
MATO GROSSO
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), questionado pela imprensa durante entrevista coletiva no Palácio Paiaguás, durante a posse do segundo mandato, sobre a intervenção na saúde pública de Cuiabá, da gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), lamentou que isso tenha ocorrido, mas afirmou que isso era uma questão lógica por conta dos escândalos no setor. “Eu lamento que tenha chegado a esse estágio de coisas, que a justiça tenha determinado ao Estado fazer uma intervenção”, disse Mendes.
Conforme o governador, “foi determinado, nomeamos o interventor e ao contrário do que muitos pensavam, nomeamos uma pessoa absolutamente técnica, sem nenhum viés político. Colocamos lá para que possa fazer um trabalho de diagnosticar o que aconteceu, de fazer um serviço melhor na saúde da Capital”, destacou.
“Eu lamento, mas temos que reconhecer que houve uma série de fatores que chegaram a isso. Sucessivas trocas de secretários, escândalos, corrupção, muita coisa ruim aconteceu na saúde de Cuiabá, prisão de secretários, e isso seria muito lógico o que está acontecendo. Quando não há gestão, seriedade, quando não há responsabilidade com a condução da coisa pública, quem paga o preço é a população”, disse Mendes.
O governador disse ainda, só para citar um exemplo, que hoje não tem sequer um leito de UTI disponível para pacientes com covid em Cuiabá. “Leito de UTI, hoje, não tem, nem de enfermaria para pacientes com covid. Se o cidadão cuiabano precisar, não conta com a Prefeitura de Cuiabá, que é uma referência, que é gestão plena, que teria que prestar o serviço à Capital, a Baixada, ao Estado”.
O governador informou que o Estado tem 30 leitos de UTI em Cuiabá e, segundo ele, estão todos lotados. “Estamos abrindo mais leitos em Cuiabá e agora nessa nova administração, teremos novidades nos próximos dias. O Governo do Estado, inclusive, financia esses leitos, basta ter mais eficiência, mais competência”, declarou.
PEDRO LUIZ


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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