MATO GROSSO
Governo de MT beneficia mais de dois mil produtores com programa de melhoramento genético do rebanho leiteiro
MATO GROSSO
O programa de melhoramento genético do rebanho leiteiro do Governo de Mato Grosso já beneficiou mais de dois mil pequenos produtores em 33 municípios. Iniciada em 2020, a ação é realizada pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) por meio de investimentos, como a transferência de embriões (prenhezes), entrega de novilhas prenhas e doação de sêmen, todos de raças de alto padrão genético, que resultarão no aumento da produção de leite no Estado.
Conforme a secretária de Estado de Agricultura Familiar, Andreia Fujioka, o programa de melhoramento genético traz resultados importantes para a cadeia de produção de leite no Estado.
“O programa oferece aos pequenos produtores acesso à tecnologia de ponta e técnicas de melhoramento genético avançadas que resultarão no aumento da produção do leite. Com isso, o produtor terá um aumento na renda para desenvolver a produção com sustentabilidade e gerará mais emprego e renda nas localidades onde atuam”, destaca Andreia Fujioka.
O produtor João Henrique Oliveira dos Santos, de Ribeirão Cascalheira, que participou do programa de melhoramento genético, conta que a iniciativa veio para ajudá-los.
“Com o melhoramento genético, temos acesso a animais de ponta em um espaço curto de tempo, o que nos faz chegar rápido a uma produção muito satisfatória. O projeto tem fomentado os produtores e, ao aumentar a nossa produção, também ajuda o nosso Estado a crescer cada vez mais”, ressalta o produtor.
Desde o início do programa, em 2020, já foram distribuídas 28 mil doses de sêmen convencional e sexado das raças Holandesa, Girolando ¾, Girolando ¿, Gir e Jersey de alto padrão genético para cerca de 1,4 mil produtores.
No mesmo período, a Seaf chegou à marca de 3.178 prenhezes através de transferência de embriões e mais 1.029 ocorrerão nos próximos meses. Nesta modalidade, são transferidos embriões da raça Girolando meio-sangue sexada de fêmea. Em todas as etapas desta modalidade, 780 produtores foram beneficiados.
A médica veterinária Angela Kohl, responsável pelo projeto de melhoramento genético, conta que a transferência de embriões já dá resultados positivos para os produtores participantes, com uma aumento de 200% na produção de leite acima da média do Estado, com novilhas produzindo até 15 litros de leite por dia.
“Prospectamos que o projeto de melhoramento genético do rebanho leiteiro em Mato Grosso, por meio de transferência de embriões, poderá impactar em um aumento de 2,11% na produção estadual de leite, ou seja, 10,357 milhões de litros de leite a mais, se considerarmos uma média de produção por animal de 15 litros/dia e descontando as possíveis perdas como taxa de absorção e abortos, óbitos de bezerras e de novilhas”, pondera Angela.
A Seaf também entregou 177 novilhas prenhas da raça Girolando meio-sangue desde 2022. Nesta modalidade, cada associação ou cooperativa que participa do projeto precisa dar como contrapartida mais uma novilha prenha para cada uma que o Estado entregar. No total, os produtores receberam 354 animais, sendo 177 do Governo e 177 das cooperativas/associações.
Outros investimentos do Governo de Mato Grosso para o fortalecimento e desenvolvimento da cadeia produtiva do Leite foram a distribuição de quatro silos de leite com 40 mil litros; 722 resfriadores de 3.000 litros, 1.000 litros e 500 litros; 11 caminhões com tanque isotérmico e 301 ordenhadeiras. O Governo também oferece assistência técnica aos produtores por meio da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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