MATO GROSSO
Governo de MT e setor produtivo debatem medidas para ampliação de ações sustentáveis no campo
MATO GROSSO
¿A recuperação de pastagens degradadas, o sistema de plantio direto, tratamento de dejeto de animais, florestas plantadas e a integração Lavoura-Pecuária-Floresta são os instrumentos utilizados para que o setor agropecuário de Mato Grosso reduza as emissões de gases de efeito estufa até 2035. As medidas constam no Plano ABC+, estão em uso no campo e serão ampliadas para chegar à meta estipulada pelo Governo do Estado até 2035.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, destacou que o diferencial do Estado é que os produtores rurais são arrojados, usando a ciência para desenvolver as atividades com mais produtividade e sustentabilidade do planeta, e também transformar Mato Grosso em um gigante do agronegócio, além de serem muito organizados em sindicatos, associações e federações.
César ressaltou também que o Estado saiu na vanguarda ao ser o primeiro a apresentar o Plano Estadual ABC+ com metas claras para redução de emissão de gases de efeito estufa pela agropecuária.
No Plano Estadual ABC+, Mato Grosso se comprometeu em recuperar 3,82 milhões de hectares de pastagens degradadas; alcançar 1,3 milhão de hectares no sistema de integração de lavoura, pecuária, floresta; e a terminação de 750 mil cabeças de bovinos em sistema intensivo.
O presidente da Famato, Vilmondes Tomain, contou que o setor produtivo já iniciou os processos contidos no plano ABC+ há muito tempo, como a prática do plantio direto que consolidou a posição de Mato Grosso como um dos maiores produtores agrícolas do país.
“Isso é uma forma de sequestro de carbono, de respeitar a natureza. Quando você aumenta a produtividade, você diminui a área plantada e o aproveitamento das áreas de pastagens degradadas para a produção de grãos é um ganho de sustentabilidade, pois você aumenta a área com a conversão de áreas de pastagens”, comentou.
“A dificuldade é mostrar o que somos, como fazemos a prática na propriedade, nós temos números. Esperávamos que o rebanho iria reduzir com a conversão da área da pecuária em agricultura, mas nosso rebanho cresceu, houve aplicação da tecnologia nas fazendas. A prática da evolução e da sustentabilidade vem ocorrendo e trazendo benefícios para questões econômicas e ambientais. Tenho certeza que o Estado vai atingir as metas do Plano ABC+. O agricultor quer esse benefício e vai cumprir”.
“As práticas são utilizadas há cerca de 40 anos pelo setor produtivo. São necessários alguns ajustes, mas o nosso desafio é trazer o Plano ABC + ao cidadão, para que as pessoas conheçam que o setor produz com respeito ao meio ambiente, com práticas que trazem produtividade e sustentabilidade”.
Ele destacou ainda que a tecnologia pode trazer melhor desempenho para a atividade agropecuária, além de mitigar os efeitos de gases de efeito estufa.
Participaram da abertura do evento a presidente do Indea, Emanuele Almeida, a representante da Desenvolve-MT, Mayran Beckmann, o presidente da Organização da Sociedade Civil (OSC) Cordemato, Johnny Everson, o secretário adjunto de Agronegócios e Investimentos da Sedec, Anderson Lombardi, a secretária adjunta Executiva da Sedec, Eulália Oliveira, secretários municipais, produtores e servidores.
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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