MATO GROSSO
Governo de MT investiu R$ 1,3 bilhão na Saúde no primeiro quadrimestre de 2023
MATO GROSSO
Os dados foram apresentados durante a audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa nessa terça-feira (27.07), que debateu o Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior (RDQA 2023) da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT).
Conforme o balancete financeiro e orçamentário apresentado, de R$ 1,3 bilhão aplicado entre janeiro e abril deste ano, cerca de R$ 818,6 milhões foram destinados especificamente à Assistência Hospitalar e Ambulatorial do Estado. A SES administra diretamente 8 unidades hospitalares, sendo eles: Hospital Estadual Santa Casa, em Cuiabá, Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, e o Hospitais Regionais de Cáceres, Rondonópolis, Sorriso, Sinop, Colíder e Alta Floresta.
Também foram destinados R$ 42,2 milhões para a Atenção Básica, R$ 54,5 milhões para o Suporte Profilático e Terapêutico e R$ 3,6 milhões para a Vigilância em Saúde.
O relatório quadrimestral foi apresentado pelo o assessor técnico do Núcleo de Gestão Estratégica para Resultados (NGER) da SES, Oberdan Lira. Ele pontuou que este primeiro quadrimestre foi o melhor dos últimos três anos, quando os investimentos ficavam em torno de 8% a 10% da receita arrecada do Governo do Estado.
“Estamos satisfeitos com esse quadrimestre pois foi o melhor desde 2020. Conseguimos aplicar nas ações da Saúde o valor da receita arrecadado e destinado para SES. Acreditamos que podemos fechar o ano com investimentos expressivos em diversas áreas”, disse.
A secretária adjunta de Regulação da SES, Fabiana Bardi, avaliou positivamente a audiência e destacou a importância de um debate amplo e transparente sobre saúde pública do Estado. “É necessário esse diálogo entre a SES, a sociedade e os parlamentares para um trabalho em benefício dos usuários do Sistema Único de Saúde”, pontuou a gestora.
Transferências municipais
Durante a audiência pública, a SES ainda apresentou as tabelas referentes às transferências financeiras de R$ 242,5 milhões realizadas aos 141 municípios do Estado no primeiro quadrimestre de 2023.
Desse montante, R$ 126,8 milhões foram destinados para os serviços de Média e Alta Complexidade (MAC), R$ 40,6 milhões para o Ambulatório de Atenção Especializada (AAE), R$ 22,1 milhão de Antecipação de Repasse, R$15,8 milhões para a Atenção Primária, R$ 11 milhões para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e R$ 7,7 milhões para o Cofinanciamento Estadual Excepcional de Custeio e Investimento.
Neste período, os municípios também receberam R$ 7,1 milhões para o Programa de Apoio ao Desenvolvimento e Implementação dos Consórcios Intermunicipais de Saúde (Paici), R$ 2,9 milhões em Emenda Parlamentar, R$ 2,6 milhões pelo Programa Mais MT Cirurgias, R$ 2,4 milhões para Assistência Farmacêutica, R$ 1,4 milhão para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), R$ 1,2 milhão em Regionalização, R$ 180 mil do Programa de Hanseníase, R$ 68 mil para a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP) e R$ 43,3 mil em incentivos.
Participaram da audiência pública outros setores da Secretaria, como o gabinete adjunto de Unidades Especializadas e de Administração, Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, além da equipe da ouvidoria do SUS. Integraram, ainda, a discussão a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde do Estado de Mato Grosso (Sisma), Carmen Machado, e a representante da Associação de Mães do Tratamento Fora de Domicilio (TFD), Carol Meireles.
MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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