MATO GROSSO
Governo de MT, Ministério e iniciativa privada inauguram 1ª central de reciclagem de eletroeletrônicos
MATO GROSSO
A primeira Central de Logística Reversa para reciclagem de eletroeletrônicos de Mato Grosso foi inaugurada na manhã desta quarta-feira (20.04), em Cuiabá, fruto de parceria entre o Governo de Mato Grosso, Ministério do Meio Ambiente, e a Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (ABREE). O objetivo é facilitar a destinação ambientalmente correta dos produtos eletroeletrônicos e eletrodomésticos descartados pela população da região metropolitana de Cuiabá.
A secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, destaca a importância do trabalho conjunto com o MMA e a ABREE para mudar a realidade da reciclagem no estado e incentivar esta prática.
“Iniciamos hoje uma nova etapa da destinação de resíduos sólidos em Mato Grosso. Inauguramos este Ecoponto onde serão recebidos os materiais que serão destinados adequadamente. A ação está integrada ao Plano Estadual de Resíduos Sólidos aprovado no final de 2021 em Mato Grosso”, afirma.
Ela frisa que a destinação adequada dos resíduos representa qualidade de vida para a população do ambiente urbano, que, no caso da Baixada Cuiabana, representa um terço da população do Estado.
“Em setembro de 2021, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, fizemos uma ação de limpeza no Rio Cuiabá e no Pantanal Mato-grossense. Percebemos a quantidade de eletroeletrônicos que foram retirados naquela ocasião. Esta iniciativa prevê o recebimento gratuito desses equipamentos, e vai contribuir muito com a limpeza dos rios e das áreas urbanas e rurais do nosso estado”, completa.
Conforme o secretário de Qualidade Ambiental do MMA, André França, a destinação ordenada dos materiais faz parte da agenda ambiental urbana do órgão e traz várias vantagens: cria empregos, preserva os recursos naturais, evita a poluição, contribui para a redução do consumo de energia elétrica e água, e para as emissões dos gases de efeito estufa.
“Trabalhamos em estreita parceria entre o Governo Federal e o Estado de Mato Grosso, e chamamos os municípios para fazer parte desta agenda ambiental. Queremos mostrar que na verdade não existe lixo eletrônico, e sim, matéria prima que deve retornar para a indústria”, pontua.
Para a gerente de relações institucionais da ABREE, Helen de Souza Brito, o trabalho se inicia com a conscientização da população, que deve levar o produto pós consumo até um ponto de recebimento.
“O trabalho com o Governo de Mato Grosso e o apoio do Ministério do Meio Ambiente é essencial em todos os passos do processo de logística reversa. O trabalho da ABREE e de seus parceiros é assegurar a destinação final ambientalmente correta desses produtos coletados. Temos certeza de que essa parceria, assim como tantas outras de sucesso, vai contribuir com a preservação e a proteção do meio ambiente, diminuindo o uso de recursos naturais, e aumentando a vinda de matérias-primas da reciclagem”, explica.
Também participaram da cerimônia a Coordenadora de Gestão de Meio Ambiente da Prefeitura de Várzea Grande, Cintia Serrano, a presidente da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiabá (AEDIC), e da Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus (ABR), Margareth Buzetti.
Selo ABREE
Na ocasião, Mato Grosso recebeu o selo ABREE, que atesta o comprometimento do Estado com a logística reversa de produtos eletroeletrônicos e eletrodomésticos.
Como vai funcionar a logística reversa
O objetivo da Central de Logística Reversa de Mato Grosso é possibilitar reaproveitamento, reciclagem ou destinação correta de resíduos de eletrônicos e eletrodomésticos. O projeto é executado na empresa EcoDescarte Reciclagem e Manufatura Reversa, que já atua no ramo de reciclagem há 10 anos. Conforme um dos proprietários da empresa, Thiago Nunes Pegorini, já são recicladas cerca de 225 toneladas ao ano. Há a expectativa de aumento deste material, e a empresa está preparada para atender esta demanda.
“Pedimos que tragam os materiais até aqui, ou agendamos a coleta para grandes quantidades, geralmente de empresas. Depois que o material entra, é feita uma triagem e cerca de 40% é reaproveitado. Cerca de 60% do material é desmontado e o plástico, metal, e substâncias tóxicas são separados e seguem para a destinação correta”, explica sobre o processo.
Ele destaca que o trabalho de retirada do cobre dos fios elétricos é feito de forma inovadora, sem a necessidade de derretimento e queima do plástico, que é um processo poluente. Os fios são triturados e separados por um processo ambientalmente correto, e o cobre segue para ser reaproveitado pela indústria.
Pontos de coleta na Baixada Cuiabana
A Central fica localizada na sede da EcoDescarte, na Rua Miranda Reis, 151, Bairro Poção, Cuiabá. Outros 61 pontos de coleta fazem parte da rede de parceiros da ABREE em Mato Grosso. Serão recebidos todos os eletroeletrônicos e eletrodomésticos sem uso, como geladeiras, condicionadores de ar, computadores, ventiladores, micro-ondas, aparelhos de som, batedeira, ferro elétrico, fone de ouvido, liquidificador, máquina de costura, entre outros.
No site da ABREE a população encontra os pontos de recebimento mais próximos, por meio de buscas com o seu CEP, além de uma lista completa de quais produtos podem ser descartados. Para saber mais, acesse: https://abree.org.br/pontos-de-recebimento.


MATO GROSSO
Audiência pública sobre obras inacabadas do BRT em Cuiabá é marcada pela ausência do governo estadual

Na tarde desta sexta-feira (14), a Câmara Municipal de Cuiabá sediou uma audiência pública convocada pela Comissão de Obras, com o intuito de discutir os avanços e os desafios das obras do BRT na cidade. Presidida pelo vereador Alex Rodrigues, a audiência contou com a presença dos vereadores Dídimo Vovô, Ildes Taques, Demilson Nogueira, Dilemário Alencar, Jefferson Siqueira, Eduardo Magalhães, Paula Calil e Daniel Monteiro.
O evento também reuniu representantes de diversas entidades e órgãos importantes, como Paulo Cesar (Diretor de Trânsito da SEMOB), Kamila Auxiliadora (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), Juliano Brustolin (Vice-presidente da Comissão de Acompanhamento Legislativo), Junior Macagnam (Presidente da CDL), Sebastião Belém (Secretaria de Obras Públicas), José Ademir dos Santos Junior (Empresa J. Prime), Pedro Aquino (Presidente da ASSUT – MT e da Associação dos Usuários do Transporte Público de Cuiabá), Álvaro Bezerra (Diretor da ACEC), Nicolau Cesar (Diretor da SEMOB) e Mauro (Pastoral do Imigrante).
Apesar da ampla participação de autoridades e especialistas, a audiência foi marcada por uma ausência significativa: o governo do estado, responsável pelas obras, não enviou nenhum representante. A ausência foi bastante impactante, considerando que foram 45 dias de organização para a devida audiência. A falta de explicações sobre o andamento da obra e os atrasos no cronograma gerou revolta entre os presentes.
O presidente da Comissão de Obras, Alex Rodrigues, não escondeu a frustração com a ausência do governo estadual. “A política seria da resultado, a politicagem não. Gostaríamos de saber pelos responsáveis o prazo, o cronograma e o projeto, mas isso não vai diminuir o trabalho da Câmara Municipal de Cuiabá. Vamos continuar nosso trabalho e convidá-los para a próxima reunião da comissão de obras”, afirmou Alex Rodrigues, ressaltando que a população está cobrando respostas sobre o andamento da obra. “Quem nos elegeu está cobrando, que é o povo. O povo não está aqui na audiência porque está trabalhando, tem hora para chegar e sair. E o BRT era para ser um auxílio no dia a dia das pessoas”, completou.
Os impactos das obras inacabadas
Os atrasos nas obras do BRT têm gerado sérios impactos no trânsito de Cuiabá, com reflexos visíveis em várias regiões da cidade. A situação é especialmente crítica em avenidas como a do CPA e Fernando Corrêa, onde as obras têm causado congestionamentos e dificultado o deslocamento da população. A Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), um dos principais pontos críticos da obra, ainda não conta com uma solução definitiva para os alagamentos que comprometem a operação dos ônibus elétricos planejados para o sistema.
Além disso, os atrasos têm origem em um impasse entre o governo do estado e o Consórcio Construtor BRT Cuiabá, liderado pela Nova Engevix Engenharia e Projetos S/A. O consórcio, contratado em 2022 por R$468 milhões, afirma que o anteprojeto da obra não previu soluções essenciais, como a macrodrenagem da Prainha, o que tem dificultado a execução do cronograma e gerado mais atrasos.
Propostas de soluções e próximos passos
Durante a audiência, os vereadores presentes reafirmaram seu compromisso em buscar soluções para destravar a obra e atender às necessidades da população cuiabana. Como próximo passo, os membros da Comissão de Obras Públicas realizarão uma visita técnica aos canteiros de obra para avaliar de perto os avanços e os desafios enfrentados pelo projeto.
“Nosso compromisso é com os cuiabanos. Essa obra precisa andar e atender às necessidades da população”, enfatizou Alex Rodrigues. A visita técnica servirá para que os vereadores possam verificar, pessoalmente, o andamento da obra e buscar alternativas para acelerar sua execução.
A audiência pública foi uma tentativa de dar transparência ao processo e de envolver a população nas discussões sobre o futuro do BRT. A participação dos cidadãos é essencial para que suas demandas sejam ouvidas e consideradas nas decisões que impactam o desenvolvimento da cidade. A Câmara Municipal de Cuiabá continuará a realizar reuniões e audiências sobre o tema, buscando uma solução definitiva para as obras inacabadas que afetam o cotidiano dos cuiabanos.
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