MATO GROSSO
Governo fomenta melhoramento genético de rebanho leiteiro na Região Oeste
MATO GROSSO
Técnicos da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) iniciaram o protocolo para transferência de embriões em 418 bovinos da cadeia leiteira nas cidades de Pontes e Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade. O trabalho faz parte do Programa MT Produtivo Leite, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), em parceria com a Empaer e Prefeituras.
Em Pontes e Lacerda, os trabalhos foram realizados em 16 propriedades, na segunda e terça-feira (17 e 18.01), com o procedimento em 256 vacas ou novilhas. Em Vila Bela da Santíssima Trindade, na quarta-feira (19), com atendimento em 10 propriedades e 162 animais implantados, deram inicio ao protocolo de transferência de embrião.
Ao todo são quatro etapas, sendo as três seguintes: aplicação de hormônios, transferência dos embriões e o diagnóstico de gestação com sexagem depois de 60 dias após a transferência.
A técnica da Empaer, Rafaela Sanchez, explica que a expectativa é atingir 40% de vacas prenhas, com a meta de 120 animais por cada município, nas duas fases do trabalho, sendo a segunda, já no próximo mês.
Rafaela pontua que para o mês de fevereiro, estão programados 17 produtores, sendo sete em Pontes e Lacerda e 10 em Vila Bela da Santíssima Trindade, com 260 animais que serão implantados para garantir a meta estabelecida.
“A equipe da Empaer está empenhada nas quatro fases do manejo. Estamos na primeira delas e seguimos orientando e assistindo o produtor em sanar qualquer dúvida que possa surgir durante o procedimento”.
O produtor de Pontes e Lacerda, Alair Rosa, destaca estar satisfeito e na expectativa. Ele acredita que o Programa irá ajudar no aumento da renda dos produtores de leite do município. “Venho acompanhando o trabalho da equipe da Empaer e estou muito satisfeito. Estou muito feliz e acreditando que minhas vacas ficarão prenhas”.
O secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Pontes e Lacerda, Anésio Braga Ortêncio Munhoz, ressaltou que a parceria permite o melhoramento genético dos rebanhos leiteiros da Agricultura Familiar, aumentando a produtividade, produção e renda dos produtores de leite. “É uma iniciativa que irá mudar o rebanho bovino leiteiro do pequeno produtor. A Empaer como sempre empenhada em fazer uma assistência técnica de qualidade”.
O secretário de Agricultura de Vila Bela da Santíssima Trindade, Márcio Ariovaldo Muritiba Lima, destacou que o Programa viabiliza ao agricultor familiar um gado de qualidade por um valor acessível. “O Programa irá proporcionar que sejamos destaque pela referência e qualidade dos animais que nascerão. Uma pecuária leiteira de excelência e qualidade”.
Os trabalhos estão sendo realizados pelos técnicos da Empaer, Rafaela Sanchez de Lima, Tânia Maria dos Reis Tomé e Loana Longo, servidores de Pontes e Lacerda: Antônio Carlos Marques de Almeida e João Antônio Tosti, servidores de Vila Bela da Santíssima Trindade: Oziel Ribeiro Coelho e Luis Henrique Franco Romão, além dos representantes da empresa Fertiliza.
Foto: Empaer


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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