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Governo investiu nos bombeiros; incêndio no Pantanal precisa ser esclarecido, afirma comandante-geral

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Desde o início de outubro, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso atua de forma intensiva no combate aos incêndios florestais no Pantanal mato-grossense. Atualmente, são 100 militares mobilizados em oito frentes de combate, com apoio de aviões, helicóptero e 11 barcos, além de viaturas e caminhões-pipa.

Todo o operacional na região é resultado de quase cinco anos de investimentos realizados pelo Governo de Mato Grosso. Desde 2019, já foram investidos R$ 105 milhões, exclusivamente no Corpo de Bombeiros, para a entrega de batalhões, viaturas, novos uniformes e equipamentos, além de um reforço de R$ 77 milhões, em 2023, para a execução de ações contra os crimes ambientais.

“As pessoas precisam analisar o cenário como um todo e o incêndio no Pantanal precisa ser esclarecido. Mesmo com o grande investimento já feito em todo o efetivo, estamos falando de natureza, de altas temperaturas, que nas últimas semanas ficaram acima dos 40 graus, e de um período seco atípico, pois já estamos na segunda quinzena de novembro. Tudo isso, somado à vegetação do Pantanal, que possui muito material orgânico, chamado de turfa, o que faz com que o fogo se alastre no subsolo e não na superfície. Todo esse cenário dificulta o trabalho dos nossos profissionais, mas estamos todos empenhados para por fim a esses incêndios o mais breve possível”, explica o comandante-geral dos Bombeiros, coronel Alessandro Borges.

Ações em Poconé

O município de Poconé, onde está localizada a MT-060, conhecida como Transpantaneira, e o Parque Estadual Encontro das Águas, conta com um pelotão estratégico para o combate aos incêndios no pantanal. Com investimento de R$ 2,6 milhões, o pelotão foi entregue em 2021 e é altamente estruturado com radiocomunicação, essencial para a comunicação entre as equipes em campo e na base, materiais e equipamentos operacionais.

“Poconé é a porta de entrada do Pantanal de Mato Grosso, com a Transpantaneira. Então, ao investir na construção de uma unidade nesta região, o Governo do Estado garantiu que o Corpo de Bombeiros atue com total eficiência. Por estarmos mais perto, conseguimos uma resposta mais ágil contra as chamas e minimizamos os impactos no meio-ambiente, dentro das possibilidades que o cenário permite”, pontuou Alessandro.

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Também em Poconé, o Governo de Mato Grosso já promoveu, em 2021, capacitações aos pantaneiros de fazendas, chácaras e sítios para orientações das principais técnicas preventivas aos incêndios florestais no Pantanal mato-grossense. Além disso, o Batalhão Emergências Ambientais (BEA) entregou mais de mil abafadores sustentáveis aos brigadistas e moradores da região do Pantanal.

Já em 2023, em parceria com a Energisa, o Corpo de Bombeiros capacitou funcionários da empresa para ações de primeira resposta contra incêndios florestais em Poconé.

Locação de aviões

O Governo de Mato Grosso também investiu R$ 7,8 milhões para a locação de quatro aviões pela Defesa Civil Estadual, em 2023, para o combate aéreo das chamas no Pantanal e demais regiões. O Estado também conta com outros dois aviões do Corpo de Bombeiros.

As aeronaves são essenciais para diminuir a intensidade das chamas e aumentar a umidade do ar, o que facilita o trabalho das equipes na extinção de chamas. No Pantanal, três aviões da Defesa Civil atuam no combate direto ao fogo.

O Governo de Mato Grosso também promoveu a capacitação de 80 pilotos agrícolas de diversas regiões do Estado sobre o uso de aeronaves na aplicação de retardantes na vegetação para evitar os grandes incêndios florestais, principalmente no Pantanal.

Monitoramento por satélites

Todas as ações operacionais contra os incêndios florestais contam com apoio das Salas de Situação em Cáceres e Cuiabá, que contam com satélites de alta tecnologia para o acompanhamento da evolução de incêndios.

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Os satélites estão disponíveis em uma única plataforma do Corpo de Bombeiros. A plataforma unifica imagens captadas por vários satélites qualificados e gera dados em tempo real. Entre esses dados há o evento de fogo, uma representação mais fiel ao que pode ser classificado, eventualmente, como um incêndio florestal ou queimada.

Ao unificar satélites, a plataforma torna o combate ao fogo mais eficiente, tendo em vista que o tempo para gerar os dados necessários para encaminhar equipes em ocorrências passou a ser menor.

Batalhão de Emergências Ambientais

Outra importante medida para o combate dos incêndios no Pantanal foi a inauguração da nova sede do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), localizada em Cuiabá. O novo quartel teve investimento de R$ 1 milhão e é estruturado para atuação dos bombeiros no trabalho de prevenção e combate aos incêndios florestais no Estado.

“Aqui no BEA, ficam as Equipes de Intervenção Operacional para incêndios florestais. São bombeiros altamente capacitados para o combate às chamas no meio ambiente e também são responsáveis pela fiscalização de propriedades rurais contra o uso irregular do fogo. Esses bombeiros, inclusive, estão espalhados pelo Pantanal para contribuir com as operações atuais”, explica o tenente-coronel Marco Aires, comandante do BEA.

Outras ações no Pantanal

Em Santo Antônio do Leverger, foi entregue em 2021 um novo pelotão independente, em parceria com a Prefeitura e uma empresa privada. A unidade é toda pensada para atender os incêndios florestais na região, cobrindo Santo Antônio, Barão de Melgaço e os distritos de Mimoso e São Pedro de Joselândia.

Já no município de Cáceres, o Governo de Mato Grosso garantiu a entrega, em 2022, de um caminhão auto-tanque florestal, também com capacidade de 5 mil litros, com investimento de R$ 638,9 mil.

Fonte: Governo MT – MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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