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Governo recebe comitiva chinesa interessada em instalar indústria em MT

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O vice-governador Otaviano Pivetta e o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, receberam nesta quarta-feira (18.10), no Palácio Paiaguás, uma comitiva de investidores chineses da Ningxia Eppen, líder global na indústria de aminoácido.

O grupo veio a Mato Grosso prospectar negócios com interesse em investimentos em aminoácidos a partir do milho. A intenção, segundo informado à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), é um investimento de cerca de 600 milhões de dólares para produzir aminoácido por meio do processamento de milho no Brasil.

O projeto tem perspectiva de produção anual de vários aminoácidos de cerca de 350 mil toneladas, subprodutos de cerca de 200 mil toneladas, gerando cerca de mil empregos no Estado.

“Mato Grosso é o maior produtor de milho do país e também do etanol de milho, isso despertou o interesse dos executivos da Ningxia Eppen em visitar o Estado e conhecer melhores locais para instalação da indústria, que tenha proximidade com produção de milho”, explicou o secretário César Miranda.

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Os chineses também buscam conhecer as formas de logística para exportação, fontes de energia mais próximas como biomassa, gás natural, energia renovável, pois a China ainda utiliza muito o carvão, além do acesso a água. Conforme a comitiva, o espaço para a indústria seria algo em torno de 50 hectares.

O vice-governador Otaviano Pivetta destacou que Mato Grosso tem interesse em receber a instalação da indústria, considerando a alta produção de milho do Estado, e ressaltou que a chegada na nova empresa auxilia no desenvolvimento dos municípios.

Ainda conforme o vice-governador, o interesse do Estado é que as novas indústrias se instalem nos municípios em que há menos concentração de industria, para favorecer o desenvolvimento em todas as regiões.

Para entender o funcionamento do mercado, legislação e perspectiva de produção e preços do milho, os empresários chineses cumprem agenda com a diretoria da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) e a Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt).

Nesta quinta-feira (19.10), os empresários chineses, acompanhados de servidores da Sedec, se reúnem com o vice-prefeito de Nova Mutum, Alcindo Uggeri, e farão visita técnica na Perfil & Mocellin Armazéns Gerais. Já na sexta-feira (20), a comitiva segue para Cáceres, onde vão se reunir com o presidente Zona de Processamento e Exportação (ZPE) e fazer visita técnica no espaço.

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Fonte: Governo MT – MT

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Decisão do STJ obriga juízes do TJMT analisar essencialidade de grãos em RJ de produtores rurais

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O ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), deu provimento ao recurso especial interposto por produtores rurais, e reformou acórdão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), obrigando os juízes a realizar novo julgamento sobre extraconcursalidade dos créditos e da essencialidade dos grãos no processo de recuperacional.

Os produtores entraram com recurso após o Juízo da 4ª Vara Cível da Comarca de Rondonópolis deferir a recuperação judicial dos recorrentes, mas considerar que o crédito executado era de natureza extraconcursal, pois decorria de contrato de Barter com emissão de Cédula de Produto Rural (CPR), não se submetendo aos efeitos da recuperação. Porém, no julgamento, o Tribunal afastou a essencialidade dos grãos sem justificar as razões de tal medida.

Em sua decisão, o ministro destacou que o acórdão do TJMT se limitou a afirmar a extraconcursalidade do crédito com base na natureza da CPR, proveniente de contrato de Barter, porém, sem discorrer sobre a exceção prevista no artigo 11 da Lei 8.929/1994.

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“Assim, não há elementos no acórdão que possam subsidiar, de forma concreta, a extraconcursalidade atribuída à CPR, muito menos a não essencialidade dos grãos para garantir o cumprimento do plano de recuperação”, diz trecho da decisão.

Operação Barter é uma operação financeira entre produtor rural e empresas de produtos utilizados no agronegócio, uma modalidade de crédito em que o pagamento ocorre de uma forma diferente do crédito convencional. Por meio de um acordo realizado antes da colheita, o produtor adquire insumos agrícolas e realiza o pagamento com os produtos que ele cultiva em sua lavoura. Isso quer dizer que não é preciso fazer o pagamento antecipado em dinheiro.

De acordo com o advogado do Grupo ERS e especialista em recuperação judicial, Allison Giuliano Franco e Sousa, a decisão traz mais segurança jurídica aos produtores rurais.

“Em um período em que os pedidos de recuperação judicial no campo crescem a cada novo levantamento divulgado, temos uma sinalização de um ministro do STJ que diz que o argumento dos produtores rurais para ficarem com os grãos, pois são bens essenciais para a manutenção da atividade é o suficiente. Com a decisão, o STJ obriga os juízes a se manifestarem sobre a essencialidade dos contratos de Barter, não podendo serem retirados imediatamente da recuperação judicial, isso traz mais segurança jurídica aos produtores”, explicou.

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