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Homem é preso por matar mulher queimada e simular suicídio

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A Polícia Civil prendeu um homem de 21 anos acusado de colocar fogo em um apartamento e matar uma mulher de 57, em Jaciara, na madrugada desta sexta-feira (2).

 

De acordo com a Polícia Civil, o caso foi tratado inicialmente como incêndio acidental.

 

Equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Polícia Militar foram acionadas para atender a ocorrência.

No local, após prestar socorro aos demais moradores do prédio, as equipes das forças de Segurança identificaram que o incêndio havia atingido o apartamento da vítima, mais precisamente o quarto em que ela dormia e foi encontrada sem vida, não sendo possível realizar o seu resgate em razão das fortes chamas.

Em análise do local de crime, as equipes da Polícia Civil e da Politec observaram vários indicativos de que o incêndio seria criminoso, uma vez que a residência não havia objetos inflamáveis e o quarto em que a vítima foi encontrada estava trancado, porém não havia chaves, nem por dentro, nem por fora, indicando que ela havia sido trancada por um terceiro.

Em análise das câmeras de monitoramento do local e adjacências, foi possível perceber que o suspeito foi até a casa da vítima por volta das 22 horas de quinta-feira (01) e saiu por volta de 01 hora, instantes antes do início do incêndio. Após identificação do suspeito, foram iniciadas as diligências para sua localização e esclarecimento dos fatos.

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Ao ser localizado, o suspeito estava em posse do celular, notebook e de outros pertences da vítima. Ele foi conduzido a Delegacia de Jaciara, onde foi interrogado pela delegada Anna Paula Marien e negou a autoria dos fatos. Porém durante os trabalhos, foi constatado que ele tentou simular uma situação de suicídio da vítima, usando o aparelho celular subtraído para mandar mensagem para a filha dela, se passando pela mãe, dando a entender que tentaria algo contra a própria vida.

“Apesar de ele tentar negar os fatos duranate o interrogatório, ficou claro que ele tentou burlar toda situação para parecer um suicídio, tentando frisar o estado anímico da vítima, dizendo que ela estava muito triste, chorosa, dando indicativos de que ela estava propensa a tirar a própria vida”, disse a delegada.

Além dos bens encontrados em posse do suspeito, há indicativos de que a vítima tinha em casa dinheiro que estava guardando para fazer uma cirurgia, o que não está confirmado, mas foi verificado que apartamento foi todo revirado e que pertences dela foram subtraídos, caracterizando a situação de roubo seguido de morte.

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“O caso não é tratado como feminicídio, uma vez que tudo indica que o intuito do suspeito era o patrimônio da vítima, não se tratando de uma situação de gênero, já que não havia uma situação íntima de afeto duradoura caracterizada entre as partes, nem indicativos de brigas, ciúmes ou motivação passional”, destacou Marien.

A Polícia aguarda o laudo de necrópsia, que poderá esclarecer como ocorreram os fatos, mas os indicativos são que ele tenha agredido/matado a vítima antes de colocar fogo no apartamento. A perícia também apontará o material utilizado para causar o incêndio, que tomou proporções muito grandes em pouco tempo.

O delegado titular da Delegacia de Jaciara, José Ramon Leite, destacou o trabalho de toda equipe, que não mediu esforços e em poucas horas conseguiu solucionar o caso emblemático, identificando e prendendo o suspeito, efetuando o flagrante e representando pela prisão preventiva do autor dos fatos, que foi colocado à disposição da Justiça.

“A Polícia Civil reafirma o seu compromisso com a sociedade no rápido esclarecimento deste caso de grande repercussão e de complexidade dos fatos. Todas as equipes da Delegacia de Jaciara foram despendidas no trabalho investigativo para resposta rápida e efetiva em tempo recorde”, disse o delegado.

MIDIA NEWS 

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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