MATO GROSSO
Indea apontou armazenamento irregular de agrotóxico um mês antes de empresa do agro pegar fogo
MATO GROSSO
Relatório do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (INDEA-MT) apontou que a empresa Luft Transportes foi notificada por armazenar agrotóxicos acima da capacidade e em locais inadequados um mês antes do incêndio na empresa. O caso aconteceu no dia 8 de outubro, em Sorriso (420 km de Cuiabá), e terminou com 24 pessoas afetadas por terem inalado a fumaça. Para o procurador do trabalho, Bruno Choairy Cunha de Lima, as irregularidades podem ter sido causadoras do incêndio ou terem agravado a situação.
O relatório foi apresentado durante audiência pública, promovida pelo Fórum Estadual de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, no dia 2 de dezembro, na sede do Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso. Na ocasião, o procurador Bruno de Lima, afirmou que as irregularidades encontradas na empresa podem ter agravado o incêndio.
“No mínimo, essas irregularidades agravaram o incidente, porque você queimou substâncias que não deveriam ser queimadas. E com isso, repercutiu na saúde de muitas pessoas”, comentou o procurador.
O relatório mostra com imagens que um mês antes do incêndio a empresa já armazenava um volume de agrotóxico maior que sua capacidade, fazendo com que parte do material ficasse no pátio da empresa, fora do armazém fechado, como determina a regulamentação. Alguns dos produtos apresentavam ainda poeira, demonstrando que estavam armazenados de forma incorreta há um longo período de tempo.
“Destacamos que no mês anterior ao sinistro a empresa LUFT foi fiscalizada em duas oportunidades, sendo constatado o armazenamento irregular de agrotóxicos nas duas fiscalizações e emitidos dois autos de infração em desfavor da empresa, uma pelo armazenamento irregular de agrotóxicos e outra pelo descumprimento da notificação para adequar o armazenamento”, afirmou o Indea no relatório.
Após o incêndio, técnicos do Instituto visitaram a sede da empresa e registraram o cenário após o incidente. No relatório foi notificado que as chamas chegaram a atingir parciamente uma tenda que continha alguns dos agrotóxicos armazenados pela empresa.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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