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Indígenas Paresi apresentam projetos de empreendedorismo e desenvolvimento sustentável para Setasc

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A Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania de Mato Grosso (Setasc-MT) conheceu, nesta segunda-feira (15.01), dois projetos desenvolvidos por mulheres da etnia Paresi, na Aldeia Wazare, em Campo Novo do Parecis (400 km de Cuiabá), voltados ao empreendedorismo e à promoção da saúde.

As iniciativas foram apresentadas à primeira-dama do Estado, Virginia Mendes, durante a COP-28, no mês de dezembro, em Dubai, onde indígenas Paresi expuseram os trabalhos de produção sustentável desenvolvidos na Aldeia Wazare.

Os projetos apresentados buscam enaltecer a cultura indígena, por meio da valorização de elementos tradicionais, e fortalecer as práticas de empreendedorismo na aldeia, aliadas à sustentabilidade. A Aldeia Wazare foi a primeira de Mato Grosso a ter autorização da Fundação Nacional do Índio (Funai) para desenvolver o Etnoturismo. A Carta de Anuência foi entregue em dezembro de 2021, pela primeira-dama do Estado, Virginia Mendes, madrinha do projeto turístico na Wazare.

“O desenvolvimento chegou na Aldeia Wazare e isso me deixa muito orgulhosa, inicialmente com o Etnoturismo, do qual tenho a honra de ser madrinha, e agora as mulheres indígenas estão em busca do fortalecimento empreendedor da produção delas, à exemplo dos artesanatos, por meio do projeto ‘Mulheres no Campo’. Esse projeto é inovador, porque elas utilizam uma técnica específica denominada impressão botânica”, comentou a primeira-dama Virginia Mendes.

Por meio do projeto “Mulheres em Campo – Haliti-Paresi: guerreiras trilhando caminhos para empoderar outras mulheres”, as indígenas buscam fortalecer o empreendedorismo na aldeia e valorizar a simbologia da cultura indígena.
Ao chegar na Aldeia Wazare, a secretária Grasi Bugalho foi recebida pelo cacique Rony Paresi e sua esposa Valdirene Zakenaezokerô. Foto: João Reis

Um dos trabalhos desenvolvidos é com a técnica chamada impressão botânica. Na aldeia, as indígenas produzem suas próprias tintas com matéria-prima orgânica e utilizam plantas para criar as estampas nos tecidos.

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“Como trabalhamos com turismo e vendemos materiais, fizemos esse projeto pensando em mostrar a simbologia da nossa cultura e das pinturas que irão estampar, por exemplo, as bolsas que vendemos. Assim, o turista que vem conhecer nossa aldeia não irá levar só um pedaço de pano, mas toda a simbologia”, explicou Valdirene Zakenaezokerô, esposa do cacique Rony Paresi e coordenadora do projeto.

Conforme a coordenadora, as mulheres já fizeram cursos de corte e costura, gestão, cooperativismo e associativismo. Agora, buscam apoio do Governo de Mato Grosso para a compra de máquinas e tecidos.

“Este é um projeto de uma comunidade tradicional, onde as mulheres estão inovando, já fizeram capacitação, correram atrás de várias áreas e agora elas querem produzir para ter sua própria renda, para melhorar a vida da sua comunidade e da sua família. Isso é desenvolvimento social de maneira sustentável”, afirmou a secretária de Estado de Assistência Social e Cidadania, Grasi Bugalho.


Valdirene Zakenaezokerô, secretária Grasi Bugalho e cacique Rony Pareci, na Aldeia Wazare. Foto: João Reis

A secretária ressaltou que o projeto vai ao encontro das premissas da primeira-dama do Estado, Virginia Mendes, de apoiar os povos tradicionais naquilo que os identifica, naquilo que eles têm como amor e que têm vontade de expressar, respeitando a individualidade e a cultura deles.

“O trabalho desenvolvido por essas mulheres é muito importante e merece ser mostrado para o nosso povo mato-grossense, para o Brasil e o mundo. É um projeto que acreditamos ser viável e que vamos estudar. Com certeza a primeira-dama Virginia Mendes, que é uma entusiasta dos povos indígenas, vai apoiar. Esperamos muito em breve apresentar os resultados deste projeto”, concluiu.

Outro projeto apresentado à Setasc durante a visita foi o Farmácia Viva, que envolve, com acompanhamento de uma indígena farmacêutica, o cultivo, colheita e uso de plantas medicinais para promoção da saúde e tratamento de doenças, utilizando os benefícios terapêuticos das plantas.

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“As mulheres Haliti-Paresi estão de parabéns. Quero em breve conhecer de perto os projetos. Agradeço a secretária Grasielle e a equipe Setasc por atender essa pauta tão importante e à minha equipe da Unaf, que conferiu os detalhes dos projetos”, manifestou a primeira-dama.

Líder da Aldeia Wazare, o cacique Rony Pareci agradeceu a visita da Setasc e ressaltou que o Governo de Mato Grosso tem sido parceiro em projetos com os povos indígenas, sobretudo os que possam gerar emprego e renda dentro da própria aldeia.

“A gente fica feliz que sempre estamos alinhados com o Governo do Estado, por meio da primeira-dama Virginia Mendes e do nosso governador Mauro Mendes, e seu secretariado. A gente vê que eles não têm medido esforços para atender a todos os segmentos e a toda a sociedade mato-grossense. Estamos confiantes de que esse projeto terá uma repercussão até internacional, dando autoestima, vitalidade e protagonismo para nossas mulheres indígenas”, concluiu.
O projeto ‘Farmácia Viva’ também foi apresentado à secretária da Setasc, Grasi Bugalho. Foto: João Reis.

Visita a Campo Novo do Parecis

Em Campo Novo do Parecis, a secretária Grasi Bugalho também conheceu as instalações do Centro de Referência Especializada em Assistência Social (Creas) e a Casa de Acolhimento Infanto-Juvenil “Lar, Luz e Vida”, que acolhe crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.

O prefeito Rafael Machado falou sobre as parcerias existentes junto ao Governo do Estado, principalmente na área da Assistência Social.

“É muito bom poder estender a mão e ter parceiros que realmente nos ajudam, com o governador Mauro Mendes e a primeira-dama Virginia. Estamos participando de todos os projetos sociais idealizados pela primeira-dama, e aqui na nossa região, particularmente, em que temos uma população indígena ativa e presente, temos recebido esse olhar de muito carinho que a dona Virginia sempre teve pelos povos indígenas”.

Fonte: Governo MT – MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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