MATO GROSSO
Indústria de MT tem o segundo melhor desempenho do país, aponta IBGE
MATO GROSSO
Entre os segmentos que elevaram a produção do Estado estão a fabricação de produtos minerais não metálicos (vidro, cimento, gesso, cerâmica, barro cozido, dentre outros), com alta de 27,9% em janeiro em relação a dezembro. Em seguida, a indústria alimentícia (16,2%), produtos químicos (15%) e de bebidas (12,9%).
As informações são do Centro de Dados Econômicos (DataHub MT) da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), com base no Pesquisa Indústria Mensal Regional (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), divulgada na quarta-feira (13.03).
A indústria de alimentos é um dos setores que estão em crescente desde o ano passado. Em 2023, o abate de bovinos em Mato Grosso representou 17,4% de participação nacional, levando “ao gancho” cerca de 5,9 milhões de animais. Para se ter uma ideia, em fevereiro de 2024 foram abatidas 579,52 mil cabeças bovinas, sendo 324,99 mil fêmeas, acima da média dos últimos 10 anos, utilizando maior capacidade das 54 plantas frigoríficas do Estado.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, esse dinamismo do setor industrial tem relação também com os incentivos fiscais, por meio do Programa Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic). Entre 2020 e 2023, o número de indústrias incentivadas aumentou 61%, passando de 591 para 954. Atualmente são cerca de 1,2 mil enquadradas dentro do programa. No período de dois anos também foi registrado aumento de 15,4% na geração de empregos nas indústrias incentivadas, ou seja, 9.261 a mais de vagas.
O secretário César Miranda destacou que, semanalmente, o Governo do Estado é procurado por empresas interessadas em se instalar em Mato Grosso, inclusive, por missões internacionais chinesas, como ocorreu no início de março com a visita de gestores da empresa chinesa Anhui Guangxin Agrochemical CO. Além disso, segundo ele, a expectativa é de aumentar ainda mais a procura com a finalização da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), em Cáceres. No dia 21 de março será assinado o alfandegamento junto à Receita Federal.
“O Governo trabalhou para criar condições para que o empresário se instale em Estado e possa ampliar os seus negócios, seus mercados. Muitas indústrias, inclusive chinesas, têm nos procurado quase que diariamente para conhecer o potencial de Mato Grosso. Aqui temos os insumos necessários para a produção de produtos de exportação industrializados. Este é o grande objetivo do Governo do Estado, porque, através da industrialização, você agrega valor ao produto primário e gera empregos. O governador Mauro Mendes sempre fala, e eu gosto muito de repetir: a maior política social é a geração de empregos”, afirmou
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
-
MATO GROSSO6 dias atrás
Utilização de veículos como pagamento de imóveis se torna opção de mercado em Cuiabá
-
MATO GROSSO4 dias atrás
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
-
ARTIGOS4 dias atrás
Tecnologia, ciência e humanização: o tripé da medicina do futuro
-
ARTIGOS4 dias atrás
Especialista em diagnóstico por imagem explica como a biópsia guiada contribui para o tratamento precoce do câncer de mama
-
ARTIGOS1 dia atrás
Dia do Médico: Desafios, avanços e a missão de cuidar
-
ARTIGOS11 horas atrás
Canetas emagrecedoras: ortopedista alerta sobre impactos na coluna e nas articulações