MATO GROSSO
Intérprete de libras facilita comunicação e promove inclusão em aulas de robótica educacional
MATO GROSSO
Uma das iniciativas que têm se mostrado bastante eficazes é a presença de uma intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais) nas aulas de robótica educacional. Além de proporcionar a oportunidade de aprender sobre tecnologia e programação, as aulas têm sido um meio facilitador para a comunicação entre os estudantes surdos, o professor e a coordenadora do programa de Robótica Educacional.
Conforme o secretário de Estado de Educação, Alan Porto, a presença da intérprete durante as aulas tem possibilitado uma interação mais fluida e eficiente entre os estudantes surdos e os demais participantes.
“A intérprete traduz as informações e explicações fornecidas pelos professores e a coordenação, permitindo que todos compreendam e participem ativamente das atividades. Além disso, a troca de experiências entre os estudantes, independentemente de suas habilidades e limitações, tem enriquecido o ambiente de aprendizagem e fortalecido os laços de amizade e respeito mútuo”, ressaltou.
O secretário ainda pondera que a iniciativa tem proporcionado mais inclusão digital, permitindo que os estudantes surdos tenham acesso a conhecimentos e habilidades tecnológicas.
Sala de recursos
Equipada com recursos tecnológicos e adaptada para atender às necessidades dos estudantes com deficiência, a sala de recursos proporciona um ambiente inclusivo e acolhedor, onde todos os estudantes se sentem valorizados e respeitados.
Para o secretário Alan Porto, a implementação das aulas de robótica educacional e a presença do intérprete de Libras são exemplos de como a escola tem buscado promover a inclusão e a igualdade de oportunidades para todos os alunos. “Essas iniciativas têm demonstrado resultados positivos não apenas no aprendizado dos estudantes, mas também no desenvolvimento de suas habilidades sociais e emocionais”, afirmou.
O estudante do 6º ano, Otávio Souza Coelho, de 11 anos, é um dos alunos que colocam em prática o que aprende nas aulas graças ao apoio da professora Suelene Pereira de Carvalho, intérprete de Libras, e da orientadora educacional do programa SimRobótica, Isabella Debastiani. A aula ainda tem o acompanhamento das professoras Vanessa Scherer e Siméria Cristina.
“Conhecer a língua de sinais é uma maneira de respeitar a forma como as outras pessoas se comunicam, e de dar espaço para que elas possam também se integrem à sociedade”, pontuou a orientadora. “A sala possui diversos materiais para a aprendizagem e alfabetização, a qual realizamos individualmente, e, desta forma, cada estudante recebe a apostila, a caixa Spike com os kits, além do tablet para o uso durante a aula”, acrescentou.
As aulas do SimRobótica, na Rede Estadual de Ensino, são alinhadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e estimulam o pensamento computacional e o aprimoramento de habilidades e competências importantes para desenvolvimento humano e tecnológico.
Na avaliação da professora Suelene Pereira de Carvalho, essas características têm sido muito produtivas para os estudantes. “Os conteúdos são flexíveis e desenvolvidos de acordo com as necessidades de cada um. No caso do Otávio, ele tem a mim como intérprete de Libras para intermediar a comunicação dele com a professora, por exemplo”, observou.
Investimento
O Governo de Mato Grosso investiu mais de R$ 60 milhões para ampliar o uso da robótica educacional nas escolas da rede estadual no ano letivo de 2023. Os recursos foram utilizados na compra de kits Robótica Lego Sim Inova, além de kits dos Projetos ETC – Educação, tecnologia e construção (Microkids) e dos produtos e serviços da Robótica Educacional Sustentável – FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). O público-alvo são estudantes do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e do Ensino Médio (1º ao 3º ano).
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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