MATO GROSSO
Intervenção notifica empresa por falta de atendimento em UPA
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O Gabinete de Intervenção Estadual na Saúde de Cuiabá notificou a empresa LG Med Serviços e Diagnósticos Ltda, nesta terça-feira (06), e comunicou o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) sobre atendimentos médicos abaixo do previsto na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Morada do Ouro, no plantão noturno dessa segunda-feira (05).
A quantidade de consultas oferecidas está em desacordo com o contrato de prestação de serviços vigente com a Secretaria Municipal de Saúde, enquanto havia pacientes na unidade à espera de atendimento, inclusive causando tumulto por causa da demora.
O procurador Hugo Fellipe Lima afirma que tem sido recorrentes as falhas nas escalas de plantões médicos da empresa e que a equipe de intervenção está exigindo que os contratos com a Secretaria de Saúde sejam cumpridos integralmente.
“Estamos fiscalizando todos os contratos de prestação de serviços e certificando se estão sendo devidamente cumpridos para que a população não seja prejudicada com a falta de atendimento”, destaca.
Ele explica que a estimativa é de que cada médico preste 38 atendimentos no plantão de 12 horas nas UPAs, porém, no plantão noturno da UPA Morada do Ouro dessa segunda-feira, nenhum dos quatro médicos plantonistas fornecidos pela empresa terceirizada atingiu essa meta. Um deles fez somente 11 atendimentos e os demais fizeram 13, 18 e 29. Mesmo com paciente no aguardo para serem atendidos.
Um dos profissionais ficou duas horas, entre 21h e 22h e de 23h à 0h sem atender nenhum paciente, o que não é considerado normal para a unidade.
Segundo o procurador, foi solicitada a substituição dos quatro profissionais que estavam de plantão pela empresa por falta de prestação de serviço adequado.
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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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