MATO GROSSO
Janaina detona Carlinhos Bezerra: “Não tem como defender, nem se fosse meu irmão”
MATO GROSSO
DÉBORA SIQUEIRA
APARECIDO CARMO
A deputada estadual Janaína Riva (MDB) destaca que não há como defender o crime praticado pelo empresário Carlinhos Bezerra, filho do deputado federal e presidente do MDB de Mato Grosso, Carlos Bezerra. Ela é solidária à família, mas defende a punição ao crime.
“Trágico, né. Não tem como você passar a mão, você defender qualquer ato parecido com esse que foi praticado. Se fosse um irmão meu, se fosse um parente meu, eu falaria a mesma coisa, não tem como você defender esse feminicídio ou homicídio, não tem como você defender alguém que tira a vida de outra pessoa”, argumentou.
Além disso, a deputada destaca pelo perfil de Carlos Bezerra, que tem uma bandeira em defesa da mulher com vários projetos importantes beneficiando as mulheres, como a PEC da Doméstica, para ela foi uma surpresa descobrir a autoria do duplo assassinato.
“A gente ficou sem acreditar que aquilo tinha acontecido e agora vai ter que estar sujeito às leis, que graças a Deus, são muito mais duras do que no passado. Hoje o feminicídio é um crime hediondo e tudo o mais, sujeito como qualquer outra pessoa, qualquer outro ser humano, que é o que a gente defende”.
Ela destaca que Carlinhos Bezerra era uma pessoa que tinha informações, que convivia e participava de atos políticos.
“Sabia hoje o quão era grave aquilo que estava cometendo. Então a gente fica cheio de tristeza e de ver um amigo, da idade do Bezerra, com 80 anos, tendo que passar por isso”, lamentou.
O crime
Carlinhos Bezerra assassinou a ex-namorada Thays Moura e o namorado dela a tiros em Cuiabá.
Os assassinatos aconteceram em frente ao edifício Solar Monet, no Bairro Consil, onde mora a mãe de Thays. Carlos Alberto chegou em um Renault Kwid, parou e efetuou vários disparos contra as vítimas. Entretanto, ele foi capturado horas após o crime.
Em depoimento, ele confessou ter matado o casal e alegou ter agido em razão de uma “descompensa emocional” causada pela diabetes.
Ele teve a prisão em flagrante convertida em preventiva durante audiência de custódia e foi encaminhado para uma cela especial na Penitenciária Central do Estado.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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