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Jovem mato-grossense representa o Estado no Duelo de MCs Nacional

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MC Havel, de 26 anos, vai representar Mato Grosso no “Duelo de MCs Nacional”, a mais importante batalha de MCs do Brasil. O evento será realizado nos dias 3 e 4 de dezembro, no Parque Municipal, em Belo Horizonte (MG). Em 2022, o Duelo Nacional, como é conhecido, comemora dez anos.

Com apoio da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, o cuiabano Felipe Rodrigues, o MC Havel, segue para Minas Gerais na quinta-feira (1°.12). Ele foi o vencedor da etapa estadual e se prepara para improvisar nas batalhas com artistas de todo país. 

MC Havel conta que as seletivas que garantiram seu ingresso no Duelo Nacional, foram as batalhas mais difíceis já enfrentadas por ele. “Batalhei com MCs de muita categoria. Acho que dos outros estaduais, esse foi o que eu peguei a chave mais difícil”, avalia. Ele enfrentou Naia na final, a única mulher entre os 16 MCs que estavam no estadual.

Frequentador da Batalha da Alencastro, que ocorre no Centro de Cuiabá todas as quintas-feiras desde 2016, Havel conta que conheceu as batalhas de rima na internet. Ele lembra que o primeiro contato com essa arte foi ao ver o rapper Emicida no Youtube. “Foi quando eu comecei a arriscar algumas rimas em casa, mas tudo muito despretensioso”, comenta.

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Para quem não conhece, a Batalha de MCs, também chamada de batalha de rap e/ou batalha de rima, é um tipo de rap improvisado com letras que relatam cotidiano, pedem respeito e expõe demandas dos grupos por meio de rimas, tudo isso com raiz na cultura hip hop. As famosas batalhas contam com o apoio da plateia, que também é votante para escolher qual competidor fez o melhor improviso.

“O Duelo Nacional reúne os melhores MCs de cada estado brasileiro, ou seja, com a participação do MC Havel, já estamos entre os melhores. O evento é a maior batalha de MCs do Brasil e talvez o único projeto da cultura Hip Hop nacional que contemple diretamente participantes de todos os 27 estados brasileiros”, destaca Jan Moura, secretário adjunto de Cultura da Secel.

As batalhas em Belo Horizonte estão entre os principais encontros da cultura hip hop do país e são símbolo de resistência e ocupação do espaço urbano. Antes da pandemia, o Duelo de MCs de BH era realizado a cada 15 dias, embaixo do Viaduto Santa Tereza. O evento foi criado em 2007 pela Família de Rua, realizado sempre no mês de dezembro. O último Duelo Nacional com público foi em 2019. Em 2020 e 2021 o evento ocorreu virtualmente. 

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“Eu me sinto preparado. A cena aqui em Cuiabá elevou o nível das batalhas e isso me deixa confiante, saber que a gente está de igual para igual com os outros estados que tem mais visibilidade e às vezes mais estrutura também”, conclui Havel.

Fonte: GOV MT

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Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

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Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.

Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.

Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.

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Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.

Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.

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Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.

A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.

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