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Justiça condena Estado a indenizar paciente que quase ficou cega

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O juiz da 5ª Vara Especializada da Fazenda Pública, Roberto Teixeira Seror, condenou o governo do Estado a pagar R$ 50 mil a título de indenização por dano moral e outros R$ 11 mil por dano material a uma moradora de Cuiabá que foi diagnosticada com deficiência nos olhos após ser submetida a uma cirurgia de catarata no programa “Caravana da Transformação”. A sentença foi publicada nesta quinta-feira (10) no Diário da Justiça. Ainda cabe recurso.

Idealizado pelo governador Pedro Taques, a “Caravana da Transformação” oferecia consultas gratuitas de oftalmologistas e cirurgias de cataratas a população mais carente.

Consta nos autos que a mulher compareceu no dia 23 de abril de 2018 na Arena Pantanal para se inscrever no programa “Caravana da Transformação”. No mesmo dia, conseguiu ser consultada no oftalmologista. 

Três dias depois, foi submetida a uma cirurgia para eliminar uma catarata no olho direito pela empresa 20/20 Serviços Médicos. No dia 2 de maio de 2018, houve a segunda cirurgia, desta vez no olho esquerdo, quando sentiu uma profunda dor durante o procedimento. 

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Após uma consulta com um médico particular, a mulher descobriu que estava  com  lesão  ocular  e  contraiu  toxoplasmose. Por conta da inflamação nos olhos, o diagnóstico ainda atestou uma doença ocular chamada “Uveite”.

Trata-se de  uma inflamação causada pela lesão  da  cirurgia  em razão da demora no  atendimento do retorno  pós cirurgia, o que lhe causou  o risco  de  perder 100% de  sua  visão.

Ao analisar o documento anexado aos autos, o magistrado entendeu que havias provas cabais de dano moral, uma vez que, laudos oftalmológicos produzidos em laboratórios particulares atestaram que a doença nos olhos se deu pela negligência médica durante o procedimento cirúrgico realizado na Caravana da Transformação. 

“Desta maneira pode se concluir que, de fato, a cirurgia de catarata realizada   previamente   pelo   programa   Estadual   da   Caravana   da Transformação acarretou em sequelas à Autora. Nesse contexto, tenho por caracterizada a culpa dos Requeridos quanto ao erro no procedimento médico realizado na Requerente. Noutra sorte, não é preciso realizar um demasiado empenho para verificar o dano moral – in re ipsa – suportado pela Requerente, uma vez que este estava no afã de recuperar a saúde de sua visão e a dor, angústia  e  o  sofrimento  causado  pelo  procedimento  cirúrgico  realizado  deforma equivocada gerou  graves danos  posteriores”, diz um dos trechos. 

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FONTE/ REPOST: RAFAEL COSTA/ OLHAR DIRETO

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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