MATO GROSSO
Justiça defere pedido de recuperação judicial de irmãos do agro com dívidas de R$ 126 milhões
MATO GROSSO
A justiça de Mato Grosso deferiu o pedido de recuperação judicial dos irmãos José Fuscaldi Cecílio Neto e Pedro Augusto Oliveira Cecílio, ambos produtores rurais e proprietários do “Grupo JPA”. A decisão é do juiz da 4ª Vara Cível de Rondonópolis, Renan Carlos Leão Pereira do Nascimento, que aceitou o pedido dos produtores que somam passivo superior a R$ 126milhões. A decisão visa possibilitar a reestruturação financeira do grupo, que enfrenta uma série de dificuldades econômicas decorrentes de uma combinação de fatores internos e externos.
O “Grupo JPA” possui uma atuação consolidada no setor agropecuário, com foco na produção agrícola e pecuária. Seus negócios se estendem nos estados de Mato Grosso, Pará e Goiás, onde os irmãos possuem atividade com lavoura de grãos e na criação de gado. O grupo, que há anos vem gerando empregos e impulsionando a economia local, busca agora encontrar um caminho para superar a crise financeira e preservar a continuidade de suas operações.
Com o deferimento da recuperação judicial, foi nomeado o Dr. Samuel Franco Dalia Neto como administrador judicial. Ele será o responsável por supervisionar e orientar todo o processo de reorganização financeira da empresa.
A advogada Ramirhis Laura Xavier, do Grupo ERS, enfatizou que a recuperação judicial é uma ferramenta importante para empresas que enfrentam dificuldades financeiras, permitindo a reestruturação das suas operações e a continuidade dos seus negócios. “A recuperação judicial é um meio eficaz para que as empresas enfrentem momentos de crise e, com o devido planejamento adequado e o apoio das partes envolvidas, é possível superar a situação e retomar a trajetória de crescimento”, declarou a advogada.
Agora, com a decisão judicial, o “Grupo JPA” iniciará o cumprimento dos trâmites legais, com o objetivo de reestruturar sua dívida e garantir a continuidade de suas operações. O processo de recuperação judicial busca não apenas resolver as questões financeiras, mas também preservar os empregos gerados pelo grupo e assegurar a estabilidade da empresa no competitivo mercado agropecuário.
O advogado especialista em recuperação judicial Allison Giuliano Franco e Sousa destaca que 2025 pode ser o ano com maior número na história de recuperações judiciais no agronegócio. Ele explica que a alta do dólar alavancou o preço dos insumos agrícolas, e o preço das commodities não acompanhou essa alta. “Essa diferença entre custo de produção e venda dos produtos vai causar um aumento no endividamento dos produtores, e a recuperação judicial é e será a melhor ferramenta para salvar o negócio neste período”, explicou.
Crise
No pedido de recuperação a empresa afirmou que a perda significativa da safra não apenas comprometeu a receita esperada, mas também afetou o planejamento financeiro e operacional do grupo. A impossibilidade de recuperar os custos de produção e a pressão para atender às necessidades financeiras das operações agrícolas tornaram o cenário ainda mais desafiador.
Com a desvalorização da soja no mercado, os irmãos tiveram que vender ativos da pecuária para resolver os passivos, mas os altos juros e aumento de custos dificultaram ainda mais a situação. Também houve perdas de 300 hectares de milho na safrinha por falta de chuvas no período final de desenvolvimento da cultura na temporada passada.
Atualmente o Grupo tem como principal atividade a pecuária, com criação de gado em ciclo completo. Além disso, cultiva cerca de 1,5 mil hectares de soja e milho.


MATO GROSSO
Conselheiros do Conceel-EMT recebem capacitação sobre a nova Tarifa Social de energia elétrica

Nesta quinta-feira (10), os conselheiros do Conselho de Consumidores da Energisa Mato Grosso (Conceel-EMT) participaram de uma capacitação sobre a nova Tarifa Social de Energia Elétrica, que entrou em vigor no dia 5 de julho. A Medida Provisória nº 1.300/2025 ampliou o alcance do benefício em todo o país, permitindo que famílias de baixa renda tenham acesso a descontos de até 100% no consumo de energia elétrica.
Durante o encontro, foram apresentados os critérios atualizados para o enquadramento na Tarifa Social, os benefícios garantidos pela nova regulamentação, além de orientações sobre como realizar o cadastro e tirar dúvidas dos usuários. A capacitação foi ministrada pelo gerente comercial da Energisa, Roberto Vieira de Carvalho.
“Foi muito importante estar com o time de conselheiros falar sobre a ampliação da desta isenção – somente em Mato Grosso 209 mil famílias já têm direito a esse benefício e ainda há mais 200 mil que podem fazer parte, desde que estejam com os dados do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), atualizado”, disse.
De acordo com as novas regras, clientes com renda por pessoa de até meio salário-mínimo e consumo de até 80 KW/h podem ter isenção total no consumo de energia. A medida alcança também famílias indígenas, quilombolas e clientes com direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). Em todos os casos, os clientes só serão cobrados pelo consumo de energia que exceder os 80 KW/h.
Para o vice-presidente do Conceel-EMT, Benedito Paulo de Abreu, a capacitação é fundamental para garantir que a população tenha acesso a informações claras e corretas sobre seus direitos.
“A nova Tarifa Social é um avanço importante para a população mais vulnerável. Nosso papel como conselho é fiscalizar, orientar e garantir que esse benefício chegue a quem realmente precisa”, destacou.
A Tarifa Social de Energia Elétrica é um programa do Governo Federal que concede descontos na conta de luz para famílias de baixa renda, indígenas, quilombolas e beneficiários de programas sociais. Com a atualização das regras, o objetivo é ampliar o acesso ao benefício e garantir maior justiça social na cobrança de energia elétrica.
Sobre o Conceel-EMT
O Conceel-EMT tem como objetivo orientar, analisar e opinar sobre questões relacionadas ao fornecimento, às tarifas e à adequação dos serviços prestados ao consumidor final. O conselho não possui relação de subordinação com a distribuidora Energisa/MT e é composto por representantes das seguintes classes de consumo: residencial, comercial, industrial, rural e poder público.
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