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Justiça eleitoral indefere candidatura de Tião da Zaeli, vice de Flávia Moretti em VG

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Em uma decisão que surpreendeu a esfera política de Várzea Grande, a Justiça Eleitoral indeferiu o registro de candidatura de Sebastião dos Reis Gonçalves, conhecido como Tião da Zaeli (PL), para o cargo de vice-prefeito na chapa encabeçada por Flávia Moretti (PL). A decisão foi proferida pelo juiz Carlos Roberto Barros de Campos, da 20ª Zona Eleitoral da cidade, e publicada na tarde desta segunda-feira.

A decisão judicial acatou o parecer do Ministério Público Eleitoral, que havia se manifestado contra o registro de Zaeli. Segundo o promotor eleitoral César Danilo Ribeiro de Novais, o candidato não apresentou a certidão criminal para fins eleitorais da Justiça Federal de 1º grau, um documento essencial para a candidatura. “Mesmo notificado, Tião da Zaeli deixou de atender à determinação judicial, o que configura falta de condição de registrabilidade”, afirmou o promotor.

Além disso, foi identificado que Zaeli enfrenta restrições em um processo que tramita na própria 20ª Zona Eleitoral, relacionado a supostas doações ilegais, o que resulta em sua inelegibilidade. Este processo, de nº 173-27.2015.6.11.0020, envolve uma doação eleitoral considerada ilegal, conforme previsto na Lei Complementar nº 64/90.

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O magistrado Carlos Roberto Barros de Campos destacou que a falta de condições de registrabilidade e a persistência da inelegibilidade impediram a aprovação da candidatura. “Indefiro o pedido de registro de candidatura de Sebastião dos Reis Gonçalves para concorrer ao cargo de vice-prefeito”, declarou o juiz, em consonância com o entendimento do Ministério Público.

 Reação da Coligação

Em resposta à decisão, a coligação “Sede por Mudança”, que apoia Flávia Moretti e Tião da Zaeli, divulgou uma nota de esclarecimento, na qual expressa surpresa com o indeferimento do registro. A coligação informou que recorrerá ao Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), manifestando confiança de que o registro será eventualmente deferido. “Tião da Zaeli preenche todas as condições para ser candidato a vice-prefeito de Várzea Grande nas eleições municipais deste ano”, afirmou a coligação na nota.

Contexto Político

Tião da Zaeli, já havia enfrentado desafios judiciais em sua carreira política, mas se manteve ativo na política local, associando-se à candidatura de Flávia Moretti, que busca a prefeitura de Várzea Grande com um discurso de renovação e mudança.

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O indeferimento de sua candidatura representa um revés significativo para a chapa de Moretti, que agora enfrenta a necessidade de reverter a decisão judicial em tempo hábil para as eleições que se aproximam. Caso o recurso ao TRE-MT não tenha sucesso, a coligação poderá ser obrigada a buscar um novo nome para compor a chapa.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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