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Justiça rejeita ação da prefeitura e reajuste de 31% na tarifa de água e esgoto em Sinop está mantido

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O juiz Fernando Kendi Ishikawa, plantonista na 6ª Vara Cível de Sinop, rejeitou o mandado de segurança proposto pela prefeitura, para impedir o aumento de 31,2% na tarifa de água. O magistrado nem chegou a julgar o mérito e decidiu extinguir a ação. Com a decisão, da qual ainda cabe recurso, a concessionária fica autorizada a aumentar a tarifa e informou, por meio da assessoria, que o aumento passa a valer a partir do próximo dia 23, mas que ainda está “aberta ao diálogo com o município” para definirem, em conjunto, “a melhor solução para a população”.

Ao analisar a petição apresentada pela prefeitura, Fernando entendeu que o direito “líquido e certo, em princípio, milita em favor do polo passivo”, no caso, a concessionária de águas e a Agência Reguladora de Serviços (Ager), e que o contrato de concessão prevê o reajuste das tarifas a cada 12 meses, com base na variação do Índice Geral de Preços (IGP). “Daí por que não há ilegalidade ou abuso de poder, uma vez que as partes impetradas (Ager e concessionária) agiram em estrita observância à cláusula contratual, que, por sua vez, não desrespeita as normas de regência”.

O magistrado também ressaltou que a “pressão imposta pela pandemia da covid-19 no cenário econômico mundial foi e continua sendo devastadora, a impactar negativamente a inflação, o desemprego, as taxas de juros, o câmbio, o consumo e o PIB. Por exceção de poucos setores econômicos que conseguiram manter ou até mesmo aumentar os resultados, a maioria experimenta profundas perdas, sem falar nos efeitos deletérios à população mais pobre e vulnerável da sociedade brasileira, reflexo do efeito generalizado por se tratar de causa de alcance global”.

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Neste sentido, o juiz apontou que o setor de saneamento sofreu com os efeitos negativos da pandemia. Ele destacou dados do Relatório Anual 2020 da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (ABCON) e do Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (SINDCON), que indicam adversidades no setor, com gastos de pessoal, inadimplência e mais de 250 medidas subnacionais de proibição de corte, restrição da cobrança das tarifas e dos reajustes previstos. Além disso, ressaltou que o novo marco legal do saneamento exigirá investimentos na área, o que, já está em curso por parte da concessionária de águas.

“A resolução de problemas complexos – como é o caso do saneamento – por meio de soluções simples – mesmo que com a melhor das intenções – pode, além de não resolvê-los, agravá-los numa instância de consequências não intencionais. Problemas complexos demandam soluções igualmente complexas e a mera suspensão do reajuste ou a substituição por outro índice (viés cognitivo) sem qualquer análise, estudo ou prova pré-constituída pode romper com o equilíbrio econômico financeiro do contrato e com isso colocar em risco a própria continuidade da prestação do serviço concedido (consequência não intencional)”, comentou Ishikawa, ao analisar o pedido da prefeitura.

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Conforme Só Notícias já informou, a decisão de aumentar a tarifa de água foi proferida pela Ager em dezembro, atendendo a pedido concessionária de serviços públicos de abastecimento de água, Águas de Sinop. A decisão do órgão regulador autorizou o aumento nas tarifas a partir de 1º de janeiro de 2022.

No mandado de segurança, a prefeitura pedia o congelamento imediato da tarifa de água, levando em consideração fatores como o período pandêmico, o longo período de vigência contratual e a expressiva mudança que o índice escolhido e previsto em contrato de concessão pública (IGP-M) apresentou, entre os anos de 2020 e este ano, sendo considerado a segunda maior alta desde o fim da hiperinflação provocada pelo plano Real, em 1994. Também levou em consideração que água tratada e esgotamento sanitário são considerados serviços de saúde.

A prefeitura informou, em dezembro, que, após o prefeito Roberto Dorner anunciar que não concordaria com o aumento e que poderia acionar a justiça, representantes da concessionária de águas procuraram a prefeitura para propor uma conversa e negociação do aumento tarifário, porém, sem abrir mão do montante do reajuste ora proposto. Irredutível, Dorner manteve o posicionamento de pedir o congelamento da atual tarifa na Justiça.

 

FONTE/REPOST: Herbert de Souza – SÓ NOTÍCIAS 

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Jovem é puxado para o fundo do rio e morre afogado durante a pescaria

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Allax Wanderley Melo, de 23 anos, morreu afogado na segunda-feira (28) no Rio Araguaia, em Santa Terezinha, a 1.206 km de Cuiabá. De acordo com portais locais, ele estava em uma pescaria quando pescava uma pirarara, peixe que pode pesar até 70 kg. Allax saiu da embarcação para puxar o animal, momento em que submergiu na água e desapareceu.

O incidente aconteceu em frente à aldeia indígena Itxalá. Na terça-feira (29), ribeirinhos presenciaram o momento em que o corpo foi localizado pelos bombeiros, a alguns metros da margem. Encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), o corpo passará por exame de necropsia para confirmar a causa da morte. A suspeita é de que ele tenha pisado em um buraco ou sido puxado por um rebojo. O caso é investigado pela Polícia Civil.

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