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Lideranças protestam e cobram duplicação da BR-163 do Nortão até Posto Gil

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O manifesto foi esta tarde, às margens da BR-163 em Sorriso. Lideranças políticas, empresariais, de entidades exigem da concessionária da rodovia e o governo federal início imediato das obras de duplicação no trecho sob concessão, de Sinop até o Posto Gil (cerca de 230 km) para reduzir o grande número de acidentes, muitos deles com mortes.

O protesto é pacífico e a rodovia não foi bloqueada. No canteiro central, na saída para Lucas do Rio Verde, foram colocadas dezenas de cruzes representando as pessoas que morreram em acidentes.

O objetivo do manifesto é mobilizar apoio maior de entidades e da população para exigir da concessionária atual, ou da futura que assumirá a partir do novo procedimento de concessão que o governo prepara, que seja duplicado esse trecho onde diariamente é grande a quantidade de carretas e caminhões, além de automóveis, trafegando.

A Frente Parlamentar de Vereadores Mato Grosso-Pará lidera o movimento, juntamente com o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico Social e Ambiental (Cidesa) e União Nacional dos Caminhoneiros.

O prefeito de Sorriso, Ari Lafin, ressaltou que “nosso objetivo é organizar e mobilizar a empresa responsável pelo que vem pela frente. Tenho certeza absoluta que é uma luta de todos. Além de não estar duplicando hoje não se mantém nem o tapa-buraco. Dessa forma, tenho certeza absoluta que esse movimento tem o cunho de unificar as forças, autoridades e a sociedade para que juntos possamos ter uma agenda proativa nos próximos dias e meses para buscar respostas a nossa sociedade”.

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O prefeito de Sinop, Roberto Dorner disse que as lideranças da região passarão a fazer “cobranças mais rígidas. Estamos cobrando esse ministro (Infraestrutura) há muito tempo e nada sai do papel. Agora temos que levar ao presidente da República essa reivindicação e dizer o por que esse ministro só enrolou a gente até agora”, criticou. “Precisamos de uma decisão rápida. Temos o consórcio (formado por prefeituras de mais de 15 cidades da região) que pode assumir esse trecho de três pedágios e dar a condição aos nossos munícipes. Estamos com as cidades divididas ao meio e morrendo gente constantemente nessas quatro cidades”, criticou, referindo-se também a falta de viadutos elevados, paralelas e acessos da rodovia às ruas laterais. “Desde que a Dilma licitou isso aqui não deram uma melhoria e só taparam buracos e mais nada”. “Esse movimento é pacifico, mas não provoquem quem trabalha porque podemos virar um PT da vida e começar a trancar a BR. Não queremos e o governo precisa tomar uma providência e que a gente tenha uma boa condição para as nossas cidades”, advertiu.

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Outro lado
A Concessionária Rota do Oeste informa que está acompanhando as  manifestações na BR-163 e dando suporte operacional para que “o movimento, o qual consideramos legítimo, possa continuar sendo realizado de maneira pacífica e ordeira, de forma a impactar o menos possível no tráfego da rodovia”. “Recentemente a Rota do Oeste e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)  acenaram para devolução amigável do contrato de gestão da rodovia”, feito de forma “devido a fatos imprevisíveis e extraordinários que aconteceram ao longo  da gestão da rodovia e que impactaram de forma grave as condições que foram  propostas no edital de licitação. Por isso, cumprindo seu modo transparente de atuação,  a Rota do Oeste propôs a devolução da concessão. A partir de agora, conforme previsto na lei 13.448/2017, o Governo Federal, irá  conduzir a celebração dos ajustes adequados no contrato de gestão da BR-163, em  novas condições contratuais e com outros contratados, mediante licitação que será promovida para esse fim. Todo esse processo, seguirá sob análise do Conselho do  Programa de Parcerias de Investimento”. A empresa conclui informando que prevê investir ao menos R$ 150 milhões em melhoria de pavimento, a maior parte ainda no primeiro semestre”.

 

 

Só Notícias/Kelvin Ramirez (fotos: Marcos Rafael – atualizada 17:51h)

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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