MATO GROSSO
Mãe de adolescente que morreu atropelada por caminhão em VG aguarda cirurgia no fêmur
MATO GROSSO
Internada há cinco dias, Dulcelina de Oliveira Amorim, de 49 anos, aguarda por uma cirurgia após fraturar o fêmur, a bacia e uma das mãos no atropelamento que também causou a morte da filha dela, Brenda Vitória Alves, de 17. Dulcelina estava pilotando uma moto, enquanto a filha estava na garupa, quando o motorista de um caminhão deu ré, atropelando as duas no bairro Hélio Ponce, em Várzea Grande.
A previsão é de que a cirurgia seja realizada nesta quinta-feira (26). Ao Olhar Direto, os irmãos de Dulcelina explicaram que, apesar de estar consciente e conseguindo se comunicar com os familiares, ela ainda está muito abalada com a morte da adolescente.
“Ela conversa, mas está muito abalada, a perda de uma filha de 17 anos causa consequências insuperáveis”, disse um dos irmãos.
Dulcelina está internada no Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande desde a última quinta-feira (19), quando o acidente aconteceu. Ela tem outros três filhos. Nas redes sociais, uma das filhas pediu orações para a mãe.
“[Dulcelina] tem que ficar deitada, imóvel. Orem muito pela melhora física e psicológica. O luto é eterno, só Deus para acalmar o coração de uma mãe”.
Uma câmera de segurança próximo do local do acidente flagrou o momento em que o motorista do caminhão começa a dar marcha à ré e passa por cima das vítimas. Dulcelina ainda não tem previsão de alta.
Segundo informações da Delegacia de Trânsito (Deletran), o motorista foi interrogado ainda no dia da ocorrência e deve responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Por ser motorista profissional, a pena pode ser agravada, ficando sujeito a uma pena máxima superior a dois anos.
OLHAR DIRETO


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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