MATO GROSSO
Mães destacam mudança na vida dos filhos após começarem a participar do SER Família Criança
MATO GROSSO
Idealizado pela primeira-dama Virginia Mendes, o programa oferece diversas atividades no contraturno escolar
O Programa SER Família Criança, idealizado pela primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, e coordenado pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc) em Poconé, tem gerado impacto positivo na vida dos estudantes e de suas famílias.
“Esse programa mudou a vida dos meus filhos. Antes do SER Família Criança, a minha filha não sabia ler, e hoje o desempenho escolar dela e do irmão está excelente. Hoje meus filhos chegam em casa e querem fazer os deveres de casa, e agora até me ajudam com algumas tarefas. O comportamento também mudou bastante. Estão mais obedientes. Só tenho a agradecer por trazerem esse programa para a gente”, contou Jandira da Silva Pereira, mãe de Maria Heloísa (6) e de Luiz Gabriel (8), que participam das atividades na unidade contraturno.
Em Poconé, o programa atende cerca de 500 crianças com idades entre 4 e 12 anos e em situação de vulnerabilidade social, com investimento anual de, aproximadamente, R$ 7 milhões por ano do Governo do Estado.
Para Jandira Pereira, a participação no Programa SER Família Criança possibilitará oportunidades aos filhos dela.
“As crianças ficam lá estudando, fazendo atividades, praticando esportes e danças, ao invés de ficarem nas ruas, aprendendo o que não presta. Com elas no programa, eu fico despreocupada com isso, porque eu sei que a educação e aprendizado que elas têm lá. Por isso, eu já fiz as matrículas dos dois para 2024, e inclui a Elisa, irmãzinha deles, para também participar. Eu só tenho a agradecer pelo programa e pelo cartão do SER Família Criança, que me ajuda com os mantimentos”, declarou.
De acordo com a primeira-dama Virgnia Mendes, o SER Família Criança tem feito tanto sucesso em Poconé que deverá ser implantado em outros municípios.
“Desde a inauguração, muitas crianças saíram das ruas e pararam de cometer pequenas infrações. O rendimento escolar melhorou, o comportamento no seio familiar também teve mudança positiva. É gratificante ver como o programa está mudando muitas vidas e proporcionando desenvolvimento para essas crianças. Vemos, hoje, que mais um sonho concretizado, dando bons frutos e que, futuramente, será implantado em outros municípios de Mato Grosso”, afirmou.
Segundo a secretária de Assistência Social do Estado, Grasi Bugalho, as crianças assistidas pelo SER Família Criança têm a oportunidade de se desenvolverem e ter um novo olhar para o futuro.
“Iniciamos o programa em março e finalizamos o primeiro ano com histórias de muitas crianças que se desenvolveram. O programa é um espaço em que eles têm a oportunidade de realizar diversas atividades, como aulas de música, balé, capoeira, judô e método cognitivo. Tudo isso muda a mentalidade e a forma com que as crianças se portam dentro de casa. O Programa SER Família Criança é realmente a superação, a esperança, o respeito e a dignidade para o futuro dessas crianças”, pontuou.
Todos os alunos do SER Família Criança recebem as refeições em cada turno, além de uniformes, tanto para aulas de reforço escolar, quanto para participação das atividades esportivas e culturais.
Valdete Paula da Silva Santos, mãe de Wagner Éder, de 7 anos, outro beneficiado pelo programa, também ressaltou a importância do programa na vida escolar do filho.
“Ele tinha dificuldades para pegar o conteúdo na escola, mas, depois que começou a participar do programa, as notas melhoraram muito. O desempenho escolar mudou completamente, fora o comportamento dentro de casa. Antes, as crianças ficavam muito tempo nas ruas e agora está diferente, já que participam do programa. Eu fico despreocupada quando vou trabalhar, porque eu sei que meu filho está seguro, sendo bem cuidado e alimentado. Só tenho a agradecer ao governador Mauro Mendes e a dona Virginia Mendes por esse programa para nós”, disse Valdete.
“Quando eu estudava, nunca tive essa oportunidade que ele está tendo. Acredito que se tivesse esse programa na minha época, eu iria aproveitar, e a vida poderia ter sido diferente. Eu sempre falo para o Wagner aproveitar este tempo para estudar e ter um futuro brilhante lá na frente”, pontuou.
Segundo Wagner, a atividade que ele mais gosta de fazer são as lúdicas e cognitivas, além de praticar capoeira.
“Eu gosto de tudo, na verdade, mas a capoeira e as atividades são as minhas favoritas. Não vejo a hora de retornar para o programa. Eu gosto muito de ir pra lá”, contou.
Programa SER Família Criança
Programa piloto, o SER Família Criança proporciona aos estudantes atividades em regime de contraturno, como oficinas lúdicas, cognitivas, esportivas e culturais, bem como os serviços socioassistenciais, socioculturais, socioeducativos e psicológicos para crianças em situação de vulnerabilidade e alto risco social, auxiliando-os na superação de tais fatores.
Além disso, o SER Família Criança também conta com a parceria do município de Poconé, que doou o terreno para a construção e contribui com parte do custo de manutenção, bem como é responsável pela execução do programa.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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