MATO GROSSO
Mais transmissível que o coronavírus, H3N2 tem causado pânico e lotado UPA’s
MATO GROSSO
As unidades de saúde da região metropolitana de Cuiabá apresentam alta incidência de casos de gripes em meio ao surto de H3N2, subtipos do vírus Influenza A, batizada de Darwin. O vírus, que é mais transmissível que o coronavírus e menos letal, tem causado pânico e lotado unidades de pronto atendimento (UPA’S).
O coordenador da Policlínica e da UPA do Verdão, Murilo Oliveira de Amorim, explica que sentiu um grande aumento nos atendimentos, sendo que de novembro até o dia 23 de dezembro, houve elevação de 300% de casos gripais na unidade. “As últimas três semanas foram um caos por conta da falta de informação para a população”, disse em entrevista ao Olhar Direto.
Murilo diz também que muitas pessoas estão procurando a UPA com sintomas leves que podem ser atendidos em Unidades Básicas de Saúde (UBS). Ele recomenda que esses pacientes procurem os postos mais próximos de casa até por conta do risco de transmissão em locais lotados.
“As pessoas estão se desesperando e buscando a unidade no primeiro dia de sintoma. Tem casos verde, que são sintomas leves e não recomendados para uma unidade de urgência e emergência. São casos que a gente prescreve soro e acaba passando remédio para tomar em casa. E muitos vem apenas com uma coriza, acaba pegando”, acrescentou o coordenador.
A lotação na unidade fez um jovem esperar mais de cinco horas por atendido. Com 23 anos, o rapaz que preferiu não ter o nome divulgado, contou a reportagem que estava, entre outros sintomas, apresentava dor de cabeça e ainda não tinha sido atendido por médico.
A influenza apresenta sintomas bem parecidos com os da Covid-19 e a transmissão ocorre da mesma forma. Porém, a gripe causa dores intensas durante 2 ou três dias. Murilo Oliveira pontua que a saturação do paciente acaba sendo um fator para diferenciar as doenças.
“A queda de saturação é preocupante. Diante disso temos que fazer exames laboratoriais, raio-X ou tomografia para avaliar clinicamente”. Pacientes com coronavírus costumam apresentar alteração na saturação.
Neste sentido, a imunização é extrema importância. Os cuidados são os mesmos da pandemia: Procure lavar as mãos frequentemente (quando não for possível, use álcool gel); utilize lenços descartáveis; evite levar as mãos à boca, nariz e olhos; mantenha ambientes ventilados; evite locais com aglomeração de pessoas; evite compartilhar objetos de uso pessoal: cuia e bomba de chimarrão, batom, talheres, copos, entre outros.
Várzea Grande
Quatro Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Várzea Grande atenderão, exclusivamente, casos de síndrome gripal, nos bairros Parque do Lago, Marajoara, 24 de Dezembro e Jardim Glória.
Dados da Vigilância Epidemiológica da Saúde Municipal de VG apontaram para aumento nos casos de síndrome gripal. Em dezembro de 2020, foram registrados 135 casos na Upa do Ipase e 198 casos na Upa Cristo Rei, ambas unidades de referência. Nas mesmas unidades, porém, em dezembro deste ano, Ipase registrou 598 e 720 no Cristo Rei. Devido aos números elevados, a pasta teve que adotar nova estratégia para atendimento, visando evitar o aumento na proteção da população.


MATO GROSSO
“Exames simples de raio-X podem ajudar no diagnóstico de câncer ósseo em crianças e adolescentes”, orienta especialista

Julho é o mês dedicado à conscientização sobre o câncer e à importância do diagnóstico precoce. Dentro da campanha Julho Amarelo, o médico ortopedista e cirurgião de coluna, Dr. Fábio Mendonça chama atenção para o câncer ósseo, um tipo raro da doença, mas que acomete com maior frequência crianças e adolescentes, especialmente durante o período de crescimento.
A campanha tem como objetivo ampliar o acesso à informação e incentivar a busca por cuidados médicos diante de sintomas suspeitos. No caso do câncer ósseo, apesar da baixa incidência, o desconhecimento e o atraso no diagnóstico podem agravar o quadro.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cancerologia, o câncer ósseo representa cerca de 2% de todos os casos de câncer no Brasil, com uma média de 2.700 novos casos por ano.
“Apesar de não ser tão comum, o tumor ósseo merece atenção especial porque costuma surgir em fases iniciais da vida, principalmente durante o crescimento, quando há maior atividade celular nos ossos”, explica o Dr. Fábio Mendonça.
No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima cerca de 12.500 novos casos de câncer infantojuvenil (0-19 anos) por ano, com taxa de sobrevida média global de 64%, variando entre 75% no Sul e 50% no Norte do país.
Entre os tipos mais comuns estão o osteossarcoma, que atinge os ossos diretamente, e o condrossarcoma, que se desenvolve nas cartilagens. Os principais sinais da doença envolvem dor persistente, principalmente à noite ou durante a madrugada, além de inchaço, vermelhidão e aumento de volume em determinadas regiões do corpo.
“O principal sintoma é a dor contínua, geralmente noturna. Não é comum que crianças reclamem de dor ao dormir, esse deve ser um sinal de alerta para os pais. É importante procurar um médico e fazer uma avaliação”, orienta o especialista.
O diagnóstico precoce é determinante para o sucesso do tratamento. “Quando identificada logo no início, a doença pode ser tratada com boas chances de cura, além de evitar sequelas funcionais. Exames simples de raio X podem auxiliar no diagnóstico. Quando tem essa suspeita do exame físico, aliados a radiografia, costumamos pedir outros exames que antecedem a biopsia”.
“O papel da família é essencial. Ouvir as queixas das crianças, observar mudanças no corpo e não minimizar dores persistentes pode fazer toda a diferença. Estamos falando de uma doença que tem cura, desde que seja detectada a tempo”, finalizou Fábio Mendonça.
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