MATO GROSSO
Mato-grossense na Polônia relata angústia de refugiados: “os ucranianos estão arrasados”
MATO GROSSO
A publicitária de 28 anos, Laís Novaes, nasceu em Guiratinga, na região sul de Mato Grosso, mas está bem longe de sua cidade natal, vivendo uma realidade muito diferente daquela que existe no interior do estado. Laís mora na cidade de Szczecin (Estetino, em português), que fica na Polônia, na fronteira com a Alemanha, e mesmo assim sente de perto a tristeza dos ucranianos que chegam diariamente fugindo dos ataques da Rússia.
Laís inscreveu sua casa em um programa do governo para receber refugiados ucranianos. Ela explica que por enquanto ainda não foi necessário abrigar vizinhos ucranianos, mas que o volume de pessoas chegando é enorme e que inevitavelmente faltará espaços públicos para receber os ucranianos que fogem da guerra.
“Peguei um trem que estava lotado de refugiados, os ucranianos estão arrasados, o trem estava lotado, crianças e idosos no chão, uma tristeza enorme, as pessoas só estavam com as malas e dava para ver a cara deles de muita tristeza”, falou Laís ao Olhar Direto.
Segundo ela, que mora há 6 anos na Polônia, as disputas na Ucrânia são notícias no país vizinho desde que ela havia chegado em terras polonesas, onde sempre se esperou por um conflito. Novaes diz que a solidariedade do povo polonês tem sido exemplar e que graças a uma extensa rede de apoio os refugiados não estão desabrigados.
“A Polônia está dando um show de suporte, com dinheiro, com ajuda, com hospedagem, ontem mesmo eu levei um monte de roupa de cama para um dos meus amigos ucranianos que conseguiu tirar a família dele de lá, a família dele morava em Kiev”, falou Laís.
A família de seu amigo deve chegar ainda nesta terça-feira (01). Segundo Laís, a Polônia não tem requisitado documentos para a população ucraniana que chega. “Eles [poloneses] já passaram muito por isso, a Polônia deixou de existir por conta da Segunda Guerra Mundial e o idioma deles é muito parecido”, falou.
FONTE/ REPOST: LÁZARO THOR BORGES – OLHAR DIRETO


MATO GROSSO
Decisão do STJ obriga juízes do TJMT analisar essencialidade de grãos em RJ de produtores rurais

O ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), deu provimento ao recurso especial interposto por produtores rurais, e reformou acórdão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), obrigando os juízes a realizar novo julgamento sobre extraconcursalidade dos créditos e da essencialidade dos grãos no processo de recuperacional.
Os produtores entraram com recurso após o Juízo da 4ª Vara Cível da Comarca de Rondonópolis deferir a recuperação judicial dos recorrentes, mas considerar que o crédito executado era de natureza extraconcursal, pois decorria de contrato de Barter com emissão de Cédula de Produto Rural (CPR), não se submetendo aos efeitos da recuperação. Porém, no julgamento, o Tribunal afastou a essencialidade dos grãos sem justificar as razões de tal medida.
Em sua decisão, o ministro destacou que o acórdão do TJMT se limitou a afirmar a extraconcursalidade do crédito com base na natureza da CPR, proveniente de contrato de Barter, porém, sem discorrer sobre a exceção prevista no artigo 11 da Lei 8.929/1994.
“Assim, não há elementos no acórdão que possam subsidiar, de forma concreta, a extraconcursalidade atribuída à CPR, muito menos a não essencialidade dos grãos para garantir o cumprimento do plano de recuperação”, diz trecho da decisão.
Operação Barter é uma operação financeira entre produtor rural e empresas de produtos utilizados no agronegócio, uma modalidade de crédito em que o pagamento ocorre de uma forma diferente do crédito convencional. Por meio de um acordo realizado antes da colheita, o produtor adquire insumos agrícolas e realiza o pagamento com os produtos que ele cultiva em sua lavoura. Isso quer dizer que não é preciso fazer o pagamento antecipado em dinheiro.
De acordo com o advogado do Grupo ERS e especialista em recuperação judicial, Allison Giuliano Franco e Sousa, a decisão traz mais segurança jurídica aos produtores rurais.
“Em um período em que os pedidos de recuperação judicial no campo crescem a cada novo levantamento divulgado, temos uma sinalização de um ministro do STJ que diz que o argumento dos produtores rurais para ficarem com os grãos, pois são bens essenciais para a manutenção da atividade é o suficiente. Com a decisão, o STJ obriga os juízes a se manifestarem sobre a essencialidade dos contratos de Barter, não podendo serem retirados imediatamente da recuperação judicial, isso traz mais segurança jurídica aos produtores”, explicou.
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