MATO GROSSO
Mato Grosso é 1º Estado a utilizar nova norma da ABNT para demonstrar neutralidade de carbono
MATO GROSSO
Mato Grosso será o primeiro Estado a utilizar a nova Prática Recomendada para a demonstração de neutralidade de carbono, a ABNT PR 2060, lançada durante a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-27, no Egito. A nova norma irá subsidiar o Programa Carbono Neutro MT, que prevê medidas para neutralizar as emissões de carbono até 2035.
O lançamento foi no dia 16 de novembro, no estande Amazônia Legal, pelo governador Mauro Mendes, secretária de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT) e presidente da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (ABEMA), Mauren Lazzaretti, e o presidente da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Mario William Esper.
“Este é mais um passo importante para que possamos avançar na pauta do mercado de crédito de carbono, que está saindo do campo da discussão e passando ao plano prático. Mato Grosso está sendo ousado e pioneiro, ao aderir a esta norma, especialmente porque é um dos estados com os maiores ativos ambientais do país”, destacou o governador.
O documento traz requisitos a serem cumpridos por qualquer empresa ou entidade, que busque demonstrar neutralidade de carbono, por meio da quantificação, redução e compensação das emissões de gases de efeito estufa (GEE).
“A construção desta prática recomendada foi um trabalho técnico conjunto muito importante para Mato Grosso e para o Brasil. Isso possibilitará que os selos, emitidos por Mato Grosso, tenham reconhecimento nacional e internacional, mostrando assim que as nossas empresas neutralizam a emissão de carbono e promovem uma produção sustentável. É um selo de qualidade da ABNT apontando que, se forem seguidas as práticas recomendadas, realmente estamos contribuindo para diminuir as mudanças climáticas do mundo”, conta Lazzaretti.
A ABNT PR 2060 foi baseada em um documento do Organismo de Normalização Nacional da Inglaterra (BSI) e modificada com novos conceitos, alinhados às normas internacionais ISO relacionadas ao tema de redução de emissões dos gases de efeito estufa.
Em maio deste ano o governador Mauro Mendes, a Abema e a ABNT assinaram um memorando de entendimento, para que este trabalho tivesse como resultado requisitos técnicos para a efetiva certificação de neutralidade de carbono.
“O documento apresenta determinação clara de carbono neutro e um meio crível de determinar e demonstrar a neutralidade. A Prática Recomendada também incentiva as empresas e entidades a trabalharem em direção à redução das emissões de gases de efeito estufa e a alcançarem reduções genuínas nessas emissões. Seu uso incentiva mudanças reais de comportamento, ajudando a impulsionar a sociedade para uma economia de baixo carbono”, explica o presidente da ABNT, Mario William Esper.
A ABNT PR 2060 estabelece ainda um Plano de Neutralidade, com os passos que as empresas devem seguir, como a definição do objeto das emissões de GEE, a quantificação da pegada de carbono e declaração de compromisso com a Neutralidade de Carbono, além de metodologias para cálculo das reduções, entre outros.
A Prática Recomendada ABNT PR 2060 foi elaborada pelo Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental do ABNT/CB-038 e está disponível no ABNT Catalogo.
Carbono Neutro MT
Lançado em 2021, pelo Governo de Mato Grosso, o programa tem o objetivo de fortalecer ações que contribuem para o desenvolvimento sustentável, gerando o equilíbrio entre as emissões e remoções de gases do efeito estufa. A meta é alcançar a neutralidade de emissões até 2035, 15 anos antes da meta global, que é em 2050. O programa foi instituído pelo decreto 1.160/2021.
Fonte: GOV MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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