MATO GROSSO
Mauro Carvalho cita Robin Hood ao cobrar equilíbrio na Reforma Tributária em posse no Senado
MATO GROSSO
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), formalizou o ex-chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Mauro Carvalho Júnior (UB), na cadeira de Wellington Fagundes (PL). A posse foi nesta quarta-feira (5), durante sessão deliberativa. O governador Mauro Mendes (UB), a primeira-dama Virginia Mendes e parlamentares mato-grossenses prestigiaram a cerimônia. Mauro Carvalho criticou o projeto de lei da Reforma Tributária, citando o personagem da literatura inglesa Robin Hood e agradeceu o “desprendimento” de Fagundes de se afastar dos holofotes para deixá-lo assumir pela primeira suplência.
“O sentimento que me ocupa é o sentimento da gratidão. É um privigilégio e estou muito honrado por esse momento”, declarou Carvalho Júnior ao iniciar seu discurso.
O senador lembrou que a chapa de Fagundes obteve 825.229 votos, número equivalente a 64% dos votos válidos em Mato Grosso, sendo a segunda chapa mais votada do Brasil.
“Com muita responsabilidade, irei abordar temas de extrema relevância para meu estado de Mato Grosso e meu país, sempre com muita disposição, transparência e com muita humildade”, comprometeu-se.
Carvalho se dirigiu a Mendes, figura a quem atribuiu seu ingresso na política em 2019, ao assumir a liderança da Casa Civil. Após externar sua gratidão ao chefe do Paiaguas, Mauro desferiu duras críticas ao texto do PL da Reforma Tributária.
“Queria deixar claro meu apoio à reforma, mas não da forma que foi colocada, não da forma que o texto foi colocado na Câmara Federal. Não faz o menor sentido essa reforma para Mato Grosso e a maioria dos estados brasileiros, principalmente do Centro-Oeste, do Norte e do Nordeste”, avaliou o senador. “Temos que encontrar o equilíbrio entre os estados produtores e consumidores”, continuou.
Antes de finalizar, Mauro Carvalho ironizou o texto da normativa com o personagem Robin Hood, imortalizado na cultura popular como aquele que roubava dos ricos para os mais pobres.
“Achei que essa reforma fosse uma reforma Robin Hood. Muito pleo contrário. É uma reforma Hood Robin porque taxa os pequenos e desonera os grandes. É esse equilíbrio que essa Casa de Leis deve promover”, cobrou o senador. O governador Mauro Mendes já havia esboçado sua decepção com o texto, que privilegiava as tradings e penalizava os produtores do Estado.
O deputado federal Fábio Garcia (UB), que deixa a Câmara Federal para assumir a Casa Civil, também estava na cerimônia.
HNT


MATO GROSSO
Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.
Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.
Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.
Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.
Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.
Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.
A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.
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