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Medeiros usa “mordaça” em posse para protestar contra censura de Moraes

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Reeleito com mais de 82 mil votos, o deputado federal José Medeiros (PL-MT) tomou posse nesta quarta-feira (1) para o seu segundo mandato na Câmara Federal e protestou contra a censura imposta aos parlamentares brasileiros pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Dentro do plenário da Câmara dos Deputados, Medeiros usou uma faixa preta na boca representando uma mordaça e chamou a atenção para o fato de Moraes estar desrespeitando as prerrogativas dos parlamentares garantidas na Constituição Federal.

“Um congressista sem o direito de fala, que é assegurado pela Constituição, não pode representar de forma plena o povo do seu estado. A censura é inaceitável!”, frisou Medeiros que por duas vezes teve suas redes sociais suspensas por determinação do ministro Alexandre de Moraes.

A falta de liberdade para exercer o mandato foi um dos motivos que levou o deputado a apresentar, no final de 2022, um projeto de Lei que torna crime de abuso de autoridade, sujeito a detenção de 1 a 4 anos e multa, a remoção injustificada de publicação, página ou perfil na internet de deputado ou senador, violando a imunidade parlamentar de suas opiniões e palavras. O texto, que está em tramitação na Câmara dos Deputados, altera a Lei de Abuso de Autoridade.

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“Um número considerável e assustador de decisões judiciais foram proferidas para determinar o bloqueio ou a suspensão dos perfis de deputados e senadores pelo simples fato de expressarem, por meio da internet, suas opiniões e palavras. Trata-se de condenável violação aos direitos fundamentais que asseguram a manifestação do pensamento e a liberdade de expressão, que caracteriza, ainda, grave ofensa ao exercício do mandato”, detalhou o deputado conservador.

Perfis suspensos

Um dos principais nomes da oposição ao governo do PT, José Medeiros ainda está com seu perfil no twitter e no instagram suspensos por determinação de Moraes.

Além de lutar pela liberdade e combater os abusos do governo petista, Medeiros reafirmou seu compromisso em defender os interesses de Mato Grosso e trabalhar pelo desenvolvimento econômico e social do estado.

“Vamos continuar defendendo o nosso estado e a nossa gente. Saúde, educação, segurança, agricultura e infraestrutura serão as prioridades do nosso mandato”, concluiu.

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Decisão do STJ obriga juízes do TJMT analisar essencialidade de grãos em RJ de produtores rurais

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O ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), deu provimento ao recurso especial interposto por produtores rurais, e reformou acórdão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), obrigando os juízes a realizar novo julgamento sobre extraconcursalidade dos créditos e da essencialidade dos grãos no processo de recuperacional.

Os produtores entraram com recurso após o Juízo da 4ª Vara Cível da Comarca de Rondonópolis deferir a recuperação judicial dos recorrentes, mas considerar que o crédito executado era de natureza extraconcursal, pois decorria de contrato de Barter com emissão de Cédula de Produto Rural (CPR), não se submetendo aos efeitos da recuperação. Porém, no julgamento, o Tribunal afastou a essencialidade dos grãos sem justificar as razões de tal medida.

Em sua decisão, o ministro destacou que o acórdão do TJMT se limitou a afirmar a extraconcursalidade do crédito com base na natureza da CPR, proveniente de contrato de Barter, porém, sem discorrer sobre a exceção prevista no artigo 11 da Lei 8.929/1994.

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“Assim, não há elementos no acórdão que possam subsidiar, de forma concreta, a extraconcursalidade atribuída à CPR, muito menos a não essencialidade dos grãos para garantir o cumprimento do plano de recuperação”, diz trecho da decisão.

Operação Barter é uma operação financeira entre produtor rural e empresas de produtos utilizados no agronegócio, uma modalidade de crédito em que o pagamento ocorre de uma forma diferente do crédito convencional. Por meio de um acordo realizado antes da colheita, o produtor adquire insumos agrícolas e realiza o pagamento com os produtos que ele cultiva em sua lavoura. Isso quer dizer que não é preciso fazer o pagamento antecipado em dinheiro.

De acordo com o advogado do Grupo ERS e especialista em recuperação judicial, Allison Giuliano Franco e Sousa, a decisão traz mais segurança jurídica aos produtores rurais.

“Em um período em que os pedidos de recuperação judicial no campo crescem a cada novo levantamento divulgado, temos uma sinalização de um ministro do STJ que diz que o argumento dos produtores rurais para ficarem com os grãos, pois são bens essenciais para a manutenção da atividade é o suficiente. Com a decisão, o STJ obriga os juízes a se manifestarem sobre a essencialidade dos contratos de Barter, não podendo serem retirados imediatamente da recuperação judicial, isso traz mais segurança jurídica aos produtores”, explicou.

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