MATO GROSSO
Mendes cobra respeito e deseja que Lula seja ‘prestigiado’ por MT
MATO GROSSO
Redação RBMT
O governador Mauro Mendes (União) reagiu às vaias que recebeu de militantes durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Rondonópolis (214,6 km de Cuiabá), na manhã desta sexta-feira (3). O chefe do Executivo não foi bem recebido pelo público após ter apoiado a reeleição fracassada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ter feito campanha contra Lula nas eleições de 2022.
Depois de ser atacado com gritos de “fora Mauro Mendes” na cerimônia de entrega de chaves do programa Minha Casa Minha Vida, o gestor discursou aos presentes. Com tom de voz alterado, Mendes endossou a defesa pela democracia e enfatizou que “as eleições já acabaram”.
“O senhor presidente tem levado o respeito à democracia em todos os seus discursos, em todos os cantos do Brasil e do mundo. O respeito à democracia é algo que todos nós temos que praticar. As eleições terminaram no mês de outubro e precisamos unir todos os brasileiros, respeitando todos os cidadãos”, iniciou.
Mendes lembrou que recebeu vaias e a reprovação de produtores rurais ao tratar da taxação do agro em outro evento. Na época, ele estava ao lado de Bolsonaro, do qual o setor agropecuário é grande apoiador.
Apesar da repulsa, Mendes destacou que foi reeleito com 70% de aprovação, justamente pelas medidas “duras” que adotou para recuperar os cofres do Estado. Nesse contexto, ele também desejou que o governo petista seja respeitado e abraçado por Mato Grosso, que concentra grande apoiadores do ex-presidente.
“Quero desejar ao senhor presidente, que daqui alguns anos, aconteça assim como aconteceu comigo no meu primeiro mandato. Comecei muito vaiado por muita gente nesse Estado, mas terminei com quase 70% de votação nas urnas em primeiro turno. Respeitarei a todos, independente de posições e opinião. A democracia diz que não importa se você ganhou com 70 ou 51%, todos tem que respeitar o presidente e o Mauro Mendes e todos aqueles que tem o dever de trabalhar pela população”, disse.


MATO GROSSO
Decisão do STJ obriga juízes do TJMT analisar essencialidade de grãos em RJ de produtores rurais

O ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), deu provimento ao recurso especial interposto por produtores rurais, e reformou acórdão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), obrigando os juízes a realizar novo julgamento sobre extraconcursalidade dos créditos e da essencialidade dos grãos no processo de recuperacional.
Os produtores entraram com recurso após o Juízo da 4ª Vara Cível da Comarca de Rondonópolis deferir a recuperação judicial dos recorrentes, mas considerar que o crédito executado era de natureza extraconcursal, pois decorria de contrato de Barter com emissão de Cédula de Produto Rural (CPR), não se submetendo aos efeitos da recuperação. Porém, no julgamento, o Tribunal afastou a essencialidade dos grãos sem justificar as razões de tal medida.
Em sua decisão, o ministro destacou que o acórdão do TJMT se limitou a afirmar a extraconcursalidade do crédito com base na natureza da CPR, proveniente de contrato de Barter, porém, sem discorrer sobre a exceção prevista no artigo 11 da Lei 8.929/1994.
“Assim, não há elementos no acórdão que possam subsidiar, de forma concreta, a extraconcursalidade atribuída à CPR, muito menos a não essencialidade dos grãos para garantir o cumprimento do plano de recuperação”, diz trecho da decisão.
Operação Barter é uma operação financeira entre produtor rural e empresas de produtos utilizados no agronegócio, uma modalidade de crédito em que o pagamento ocorre de uma forma diferente do crédito convencional. Por meio de um acordo realizado antes da colheita, o produtor adquire insumos agrícolas e realiza o pagamento com os produtos que ele cultiva em sua lavoura. Isso quer dizer que não é preciso fazer o pagamento antecipado em dinheiro.
De acordo com o advogado do Grupo ERS e especialista em recuperação judicial, Allison Giuliano Franco e Sousa, a decisão traz mais segurança jurídica aos produtores rurais.
“Em um período em que os pedidos de recuperação judicial no campo crescem a cada novo levantamento divulgado, temos uma sinalização de um ministro do STJ que diz que o argumento dos produtores rurais para ficarem com os grãos, pois são bens essenciais para a manutenção da atividade é o suficiente. Com a decisão, o STJ obriga os juízes a se manifestarem sobre a essencialidade dos contratos de Barter, não podendo serem retirados imediatamente da recuperação judicial, isso traz mais segurança jurídica aos produtores”, explicou.
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