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Ministro anuncia medidas para pequenos empresários em evento com o apoio do TCE-MT

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Ministro anuncia medidas de apoio a pequenos empresários em evento com o apoio do TCE-MT Medidas para ampliar o acesso ao crédito por pequenos empresários foram anunciadas pelo ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, em Cuiabá. O encontro, encerrado nesta terça-feira (23), é fruto de parceria entre a Assembleia Legislativa (ALMT) e a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), com o apoio do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT).

Junto com representantes de todo o estado, França detalhou a estratégia do programa Acredita, recém-lançado pelo Governo Federal. “Este foi um dia muito feliz, porque ontem nós lançamos em Brasília programas especiais para os empreendedores, começando pelo Desenrola para as pessoas jurídicas. A gente quer que o Brasil volte a crescer com o crescimento dos pequenos empreendedores.”

Crédito: Tony Ribeiro/TCE-MT
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Ministro detalhou estratégias de programas recém-lançados. Clique aqui para ampliar

França também citou o Crédito 360, que facilitará a concessão de empréstimos. “As pessoas poderão levantar até 1/3 do faturamento do ano passado e, se for uma mulher no comando da empresa, o valor é de até 50% a menos. A ideia é injetar dinheiro na economia para que as pessoas possam comprar coisas para seus negócios, acumular estoque e vender mais barato, gerando empregos.”

Para o presidente do TCE-MT, conselheiro Sérgio Ricardo, as medidas são fundamentais para o desenvolvimento do estado, que, embora apresente uma sólida estrutura para o agronegócio, ainda carece da promoção das micro, pequenas e médias empresas. “Não tem outro jeito, porque o agronegócio não é para todos. A solução para Mato Grosso crescer de forma equilibrada, crescer para todo mundo, é investir naqueles que querem empreender.”

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De acordo com o presidente, o avanço do setor garantirá a geração de emprego e renda, trazendo a possibilidade de que os cidadãos encontrem boas condições de vida em suas próprias cidades, sem precisar migrar. “Os municípios precisam crescer, porque hoje, o que estamos vendo é o esvaziamento da população que sai de regiões mais pobres em busca de melhores oportunidades.”

Para tanto, o conhecimento e a difusão de informações sobre o tema são fundamentais. Foi o que destacou o requerente da Câmara Setorial Temática (CST) de Apoio ao Empreendedorismo e às Micro e Pequenas Empresas, deputado Max Russi, ao fazer um balanço do evento.

“Temos a obrigação, assim como a imprensa, de levarmos essa informação, como estamos fazendo aqui junto a muitos pequenos empresários. Nossa função também é buscar as políticas públicas e ações de capacitação para os gestores municipais, porque é lá que estão as boas ideias e as soluções para os problemas”, explicou.

Crédito: Foto: Tony Ribeiro/TCE-MT
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O presidente da AMM, Leonardo Bortolin defendeu políticas públicas de incentivo. Clique aqui para ampliar

Por sua vez, o presidente da AMM, Leonardo Bortolin, defendeu que políticas públicas de incentivo à pequena indústria, microempresa e agricultura familiar podem resolver o problema financeiro de boa parte das famílias. “No caso do programa de renegociação de dívidas, os trabalhadores poderão se formalizar, para que tenham condições de se reerguer e fazer um planejamento.”

As possibilidades foram observadas com atenção pela prefeita Eliene Liberato, de Cáceres (218 km de Cuiabá). O município perdeu mais de 10.000 habitantes na última década. “As notícias vêm em um momento oportuno. No pós-pandemia, muita gente que empreendeu está com dívidas, precisando disso. Como gestora, vou procurar formas para que os gestores de lá busquem essas alternativas.”

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Acredita

A Medida Provisória que institui o Acredita foi assinada na segunda-feira (22), com o objetivo de garantir mais apoio aos Microempreendedores Individuais (MEIs) e às micro e pequenas empresas. No caso do Desenrola para pessoa jurídica, o Governo informa que a proposta foi inspirada no Desenrola para pessoa física, que já resultou na renegociação de R$ 50 bilhões em dívidas.

Já o ProCred 360 estabelece condições especiais de taxas e garantias por meio do Fundo Garantidor de Operações (FGO) para operações destinadas a MEIs e microempresas com faturamento anual limitado a R$ 360 mil. As taxas de juros são competitivas, fixadas em Selic + 5% ao ano.

Além disso, a proposta permite o pagamento de juros no período de carência, contribuindo para a organização financeira dos tomadores de crédito. Para as empresas de porte médio, com faturamento de até R$ 300 milhões, são reduzidos os custos do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac), com 20% de redução do Encargo por Concessão de Garantia (ECG).

Representando 95% de todas as empresas em funcionamento no Brasil, os MEIs e micro e pequenos empresários são responsáveis por mais de 55% dos empregos formais gerados e por 32% do Produto Interno Bruto (PIB). Só no ano passado, eles foram responsáveis pela criação de oito em cada dez empregos com carteira assinada no Brasil.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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