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Moradores de Rosário Oeste pedem intervenção de Botelho para agilizar escrituras

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Após oito anos e 16 reintegrações de posse, moradores do Assentamento Fonte de Luz, de Rosário Oeste (a 120 km da Capital), que ocupam área da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), estão próximos de ganhar o direito da escritura definitiva. A justiça entende que a ocupação está consolidada, aguarda apenas retorno do Estado. Para resolver a situação, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho, vai conversar com governador Mauro Mendes ainda nesta semana.

Botelho esteve na comunidade, no sábado (15 de junho), e participou da assembleia geral da Associação Comunitária Mato-grossense de Agricultura Familiar de Rosário Oeste (Acmaf). Durante o evento, fez o compromisso de inserir o assentamento no grande programa de regularização fundiária, que está a todo vapor em Mato Grosso. A previsão do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) é de entregar 20 mil títulos registrados em cartórios gratuitamente até 2026.

“Acompanhamos essa situação desde 2016. A equipe da Procuradoria da ALMT está a par de todo processo do Assentamento Fonte de Luz. Fizemos Audiência Pública em 2018, teve muitos debates com todos os envolvidos, e desde então, a Assembleia dá assistência social e jurídica às famílias que vivem da agricultura familiar. Agora, vamos agendar com o governador Mauro Mendes uma reunião e resolver definitivamente, pois a justiça já deu parecer positivo. Tenho certeza que Mauro vai atender prontamente essa demanda”, afirma o presidente do Legislativo.

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A procuradora da ALMT, Fernanda Lucia de Oliveira Amorim, explica que a equipe da justiça estadual vai detalhar como será feita a regularização. “A Comissão de Assuntos Fundiários do Tribunal de Justiça decidiu que aqui é uma área pública e não dá para requerer por qualquer método de usucapião. O prazo do Poder Judiciário foi de um ano para o Estado e já decorreu, mas ainda não começaram as tratativas”, contextualiza Fernanda Lúcia Oliveira de Amorim, mostrando a importância da intervenção do deputado Botelho.

“Sem o Botelho junto ao governador não vai chegar essa informação, que a juíza já determinou que o governo nos regularize. Sem ele, isso não vai chegar. Tudo depende do governador, e Botelho é nosso elo, quem a gente confia é primeiro Deus e depois o deputado, disse a presidente da Acmaf e moradora do Assentamento Fonte de Luz, Edileuza de Souza Santos.

O medo de perder o terreno e todo o investimento já feito pelos pequenos produtores, foi apontado pelo prefeito de Rosário Oeste, Alex Berto. “O impacto positivo do assentamento ser efetivado é muito bom para o município. Botelho é amigo de Rosário Oeste, deu todo andamento que talvez não tenha tido antigamente e com isso, o processo andou e caminha para dias melhores, sem ter aquela sombra de perder seus lares aqui no assentamento”, comentou o prefeito.

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Produção agrícola

No assentamento Fonte de Luz, a produção de caju, laranja, limão, abacaxi, abóbora, mandioca, cana-de-açúcar, entre outros, abastece os mercados de Rosário Oeste e Nobres.

Conforme, o produtor rural Ailton Ribeiro, 69, que mora com as duas filhas no assentamento desde 2016, o plantio de mandioca, banana, cana e pequi é de alta qualidade e bem conhecida em toda região. “Estamos felizes porque já está quase pronto para recebermos o título da terra, graças ao Botelho. Foi bastante sofrido, mas agora estamos contentes”, diz aliviado após tomar conhecimento da decisão do TJMT.

Outra moradora é Jucineide Maria da Silva, que processa a mandioca e a banana que produz para fazer várias delícias que vende nas feiras livres da cidade. “Deixei de pagar aluguel desde 2017 e vim morar aqui. Vamos ficar mais tranquilos, pois tá muito perto de recebermos a nossa escritura”, comemora Juci, como popularmente é conhecida pelos clientes.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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