MATO GROSSO
MT lidera ranking de produção industrial no Brasil: “Ações do Governo promoveram a retomada da confiança dos empresários”
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“Nos últimos anos, estamos sempre no topo do ranking dos estados que mais avançam na indústria, no PIB e na redução do desemprego. Isso se deve a hoje termos um estado que paga servidores e fornecedores em dia, reduz impostos, concede benefícios fiscais de forma ágil, retoma a confiança do empresariado e constrói um ambiente favorável ao empreendedorismo. Sem contar as centenas de obras e ações que temos promovido, que direta e indiretamente fomentam várias cadeias econômicas, inclusive da indústria”, ressaltou Mauro Mendes.
A performance industrial também é refletida na geração de empregos no Estado. De janeiro a março, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a indústria mato-grossense teve um saldo positivo de 722 novos postos de trabalho, se tornando o terceiro maior contratante do Estado.
Outra informação do IBGE é de que Mato Grosso tem o terceiro menor índice de desemprego no país, enquanto a média nacional no primeiro trimestre do ano foi de 8,8% de pessoas sem empregos no país, no Estado é 4,5%.
Fomento
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) promoveu a desburocratização do acesso ao benefício fiscal para as indústrias que buscam se instalar em Mato Grosso, gerando mais empregos e ativando ainda mais a economia nos municípios.
“Um dos exemplos são as empresas de biocombustíveis, que nos últimos anos construíram várias indústrias no Estado, fortalecendo a economia e com sustentabilidade. São ações como essa que consolidam Mato Grosso como o Estado que mais produz e preserva”, destacou a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico em exercício, Eulália Oliveira.
No caso dos biocombustíveis, o percentual do incentivo fiscal depende do volume de produção. Até 1,2 bilhão de litros, hoje o produto tem o benefício de 62,5%. Caso o setor vá aumentando a produção, é previsto na resolução, também o aumento no benefício.
Atualmente existe quatro módulos de benefício Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic), Incentivo ao Algodão (Proalmat), de Desenvolvimento Rural (Proder) e de Estímulo à Aviação Regional (VOE-MT) com percentuais que variam entre 20% a 90%.
Fonte: Governo MT – MT
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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.