MATO GROSSO
“O valor recebido pelo Nota MT nos ajudará fazer muito mais”, afirma presidente de instituição beneficiada no programa
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Indicação foi feita por quatro ganhadores do sorteio ‘Mensal Janeiro’, incluindo o sorteado com o prêmio de R$ 100 mil
A Associação Pestalozzi de Jaciara, instituição sem fins lucrativos, vai receber mais R$ 20.300,00 do Programa Nota MT. O valor, que foi entregue simbolicamente nesta quarta-feira (28.02), pelas secretarias de Fazenda (Sefaz-MT) e de Assistência Social e Cidadania (Setasc-MT), vai ajudar a manter as atividades oferecidas às pessoas com deficiência intelectual e múltipla que são assistidas pela entidade.
Atualmente, a entidade atende 50 pessoas, com idade entre 07 e 65 anos, com serviços educacionais, pedagógicos e de artes. Na unidade, as crianças, adultos e idosos ainda têm acesso a atendimentos médicos e de fisioterapia, além de alimentação.
“Nossa, esse cheque vai ajudar a instituição e vamos fazer muito mais. Hoje já estamos com as coisas andando e bem começadas, então com esse cheque vamos manter nossas atividades e atender algumas emergências. Vamos aplicar dentro da própria escola para o desenvolvimento e bem-estar das crianças, não todo de uma vez, mas passo a passo, assim que forem surgindo as necessidades”, afirmou o presidente da Pestalozzi, José Galindo.
A quantia entregue simbolicamente é referente a quatro indicações do último sorteio do Nota MT – o Mensal Janeiro, sendo uma indicação do ganhador da premiação de R$ 100 mil e as outras de sorteados com R$ 500. Os R$ 20.300,00 juntam-se aos R$ 50.800,00 já recebidos pela associação, desde o início do programa em 2019.
Para o secretário adjunto de Projetos Estratégicos, Vinícius Simioni, o recurso repassado é uma forma de valorizar e reconhecer o trabalho desenvolvido pelas instituições sociais mato-grossenses.
“Este é um momento que ressalta a credibilidade que as entidades sociais têm. As pessoas veem o trabalho realizado por essas instituições, como as pessoas são cuidadas e, como uma forma de contribuir com esse trabalho, fazem a indicação no Nota MT. Esse é só um dos benefícios do Nota MT, que é um programa em que toda a sociedade ganha, incluindo as instituições filantrópicas e os seus tutelados”, disse Simioni.
Durante a entrega, o secretário adjunto da Sefaz explicou, ainda, que as entidades participantes do Nota MT recebem 20% do valor de cada premiação e que a quantia não é deduzida da pessoa sorteada que fez a indicação. No caso da premiação de maior valor, por exemplo, o cidadão recebe o montante de R$ 100 mil e a entidade recebe outros R$ 20 mil.
O Nota MT é uma iniciativa do Governo do Mato Grosso que estimula a cidadania fiscal, por meio da inserção do CPF nos documentos fiscais, emitidos durante as compras realizadas no comércio estadual. Mensalmente são premiados os cidadãos que pediram o CPF na nota e as entidades indicadas por eles, que recebem os cheques simbólicos durante os eventos ‘Ganhei no Nota MT’ idealizados pela Sefaz e pela Setasc.
Representando a Secretaria de Assistência Social e Cidadania, o secretário adjunto de Direitos Humanos da Setasc, Kennedy Dias, detalhou que as instituições interessadas em participar do Nota MT devem fazer o cadastro na Setasc.
“Através deste cadastro as entidades passam a fazer parte do banco de dados da Setasc e podem participar do Nota MT e poderão ganhar também esse prêmio. Queremos que cada vez mais entidades ganhem porque o dinheiro realmente está sendo arrecadado e precisa ser aplicado nessa parte tão importante que é a parte social.
Também estiveram presentes na entrega a diretora pedagógica da Associação Pestalozzi, Lúcia Melquiades; a prefeita de Jaciara, Andréia Wagner; além de empresários do município, representantes das instituições sociais Lions Clube e Abrigo Sombra da Acácia, ambos de Jaciara, e colaboradores da Pestalozzi.
Cadastro das entidades
As organizações sem fins lucrativos interessadas em participar do Programa Nota MT devem enviar um e-mail para cadastramentoentidades2021@setasc.mt.gov.br, com o título “Cadastramento de Entidade – Nome da Entidade”, e anexar toda a documentação necessária conforme especificado no Edital 001/2023.
Para mais informações, os interessados podem entrar em contato pelo telefone (65) 3613-5726 ou ainda procurar a secretaria, no setor Cidadania e Inclusão Socioprodutiva. A Setasc está localizada na Rua Jornalista Amaro de Figueiredo Falcão, lote 285 – bairro CPA 1 – Cuiabá-MT.


MATO GROSSO
Estudo revela déficit de 5 milhões de hectares de Reserva Legal no Mato Grosso e alerta para risco de embargos

Durante reunião realizada entre o Fórum Agro MT e a Frente Parlamentar da Agropecuária de Mato Grosso (FPA-MT), o perito da Polícia Federal, Bernardo Tabaczenski, apresentou estudo que trouxe números alarmantes sobre a situação da Reserva Legal no Mato Grosso, especialmente no bioma amazônico. O levantamento, baseado em dados oficiais do Cadastro Ambiental Rural (CAR), revela um déficit de 4,9 milhões de hectares em todo o bioma de áreas que precisam ser compensadas ou recuperadas no estado.
Segundo Tabaczenski, que ocupa cargo técnico-científico na PF, os resultados foram assustadores. “Eu obtive números que julguei assustadores. Hoje, no bioma amazônico de Mato Grosso, temos quase 29 milhões de hectares de imóveis rurais cadastrados. O déficit de Reserva Legal chega a 5,6 milhões de hectares”, afirmou.
O estudo foi apresentado no InterForensics 2025, em Curitiba, e no Conbrap 2025, em João Pessoa, e contou com a participação de outros dois peritos criminais federais.
De acordo com Tabaczenski, a falta de regularização pode trazer sérios impactos para o setor produtivo. “Essas áreas, quando não regularizadas ambientalmente, correm risco de embargo. O custo de recuperação é altíssimo. Imagine recuperar áreas produtivas em Sorriso ou Nova Ubiratã, que valem milhões. Isso é um fantasma para o produtor”, destacou.
O levantamento aponta que, mesmo considerando todas as áreas privadas passíveis de compensação em unidades de conservação, o número não chega a 700 mil hectares — muito abaixo da necessidade. “Dos 4,9 milhões de hectares de déficit, 4,2 milhões estão totalmente desprotegidos. Isso equivale a um terço da área de soja plantada em Mato Grosso. Ou regularizamos, ou haverá embargos. O problema é urgente”, afirmou.
Apesar de a legislação federal e um decreto estadual permitirem compensação em outros estados da Amazônia Legal, a Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema) tem dificultado a aplicação da medida.
“Existe todo o caminho legal para permitir compensação fora do Estado, mas a Sema ainda não percorreu. Talvez falte o conhecimento da realidade dos dados para que haja uma ação mais efetiva. Enquanto Pará e Rondônia já compram reservas em outros estados, Mato Grosso, que sempre foi vanguarda, está ficando para trás”, alertou o pesquisador.
O deputado estadual e presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, Carlos Avallone se manifestou sobre o tema, e defendeu alterações na legislação para permitir maior flexibilidade.
“Isso traz uma lupa em todo esse processo ambiental e mostra que precisamos sair na frente e autorizar que possamos comprar áreas de compensação em outros estados”, declarou.
Avallone afirmou que pretende articular com o governador Mauro Mendes e com a Assembleia Legislativa para viabilizar uma solução que dê segurança ao setor produtivo. “Se não resolvermos essa questão, o risco de embargo para o produtor será enorme. Temos que permitir que tudo seja feito de forma transparente e legal, porque o déficit é perigoso e precisa de solução urgente”, concluiu o parlamentar.
Já o deputado Nininho manifestou forte preocupação com a dificuldade de regularização e com o impacto das mudanças na legislação ambiental. “Acredito que esse déficit seja resultado de alterações na lei que mudaram os critérios de exploração. Antes, em áreas de floresta, era permitido utilizar 50%, hoje só 20%. No Cerrado, caiu de 80% para 65%. Isso dificultou ainda mais a vida do produtor”, afirmou.
Nininho defendeu a união entre Assembleia, Governo e entidades do setor para encontrar uma saída equilibrada. “Nós temos que fazer esse enfrentamento. Dialogar com a Sema e o Governo, de forma desarmada, para achar um critério justo, que seja bom para o meio ambiente, mas que não seja injusto com os produtores”, completou.
Lei Complementar 801/2024
Avallone também defendeu cautela na regulamentação da LC 801/2024 em Mato Grosso, o parlamentar destacou a importância da lei para fomentar a industrialização no estado. Aprovada pela ALMT e sancionada pelo governador, a LC aguarda, desde o mês de dezembro, sua regulamentação. O texto altera regras do Plano de Desenvolvimento do Estado, impactando incentivos fiscais e a concessão de armazéns, além de fomentar investimentos na industrialização.
O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB) afirmou que a lei representa um avanço, mas destacou que a regulamentação precisa ser feita com cautela, para evitar brechas que possam comprometer sua efetividade.
“É uma legislação que já foi aprovada e sancionada, dependendo apenas da regulamentação por decreto. Mas é fundamental que cuidemos dessa regulamentação para fechar as portas e não permitir nenhum tipo de subterfúgio que facilite práticas incorretas, que não é o que nós queremos”, declarou.
Minuta de alteração da fitofisionomia em Mato Grosso
O encontro também discutiu a minuta do projeto de alteração da fisionomia vegetal de Mato Grosso. De acordo com o deputado estadual Chico Guarnieri o projeto visa trazer mais segurança e objetividade aos técnicos.
“A grande verdade é que esse projeto que deve ser apresentado visa deixar as coisas mais claras e objetivas para os técnicos que farão a avaliação de tipologia. No passado, houve muitos problemas com esses analistas. Então, um texto mais claro, objetivo e transparente pode proporcionar segurança jurídica tanto para quem analisa quanto para os produtores”, pontuou.
O parlamentar Diego Guimarães destacou que o projeto traz segurança jurídica ao setor produtivo e que o novo texto será mais profundo e consistente.
“Nós precisamos que o que é floresta seja classificado como floresta e o que é cerrado, seja classificado como cerrado, o modelo que tínhamos era arcaico, injusto e era pouco profundo, nós precisávamos aprofundar e aí, reconhecendo depois o veto do governador, a Assembleia, juntamente com a FPA-MT, passou por esse novo momento do aprofundamento, esmiuçando um pouco mais, trazendo critérios extremamente objetivos, com a finalidade de trazer essa justiça e segurança jurídica para todos os envolvidos. Eu creio que o Mato Grosso vai estar em uma vanguarda gigante, caso a gente possa apreciar, aprovar e colocar na vigência uma lei deste tipo”, explicou.
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