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Oficina coordenada pela Empaer reúne 50 produtores selecionados no projeto Agricultores do Futuro

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O município de Poconé (a 104 km de Cuiabá) abriu nesta quarta-feira (20.09) a programação das oficinas técnicas de planejamento do projeto “Agricultura Familiar: Fortalecimento dos Agricultores do Futuro”, sob a coordenação da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) com apoio da Amaggi, por meio da Fundação André e Lucia Maggi (Falm). As oficinas serão realizadas até 15 de outubro em outros 14 municípios.

O primeiro dia de evento contou com a participação de 50 produtores, que interagiram, trocaram experiências e apresentaram anseios e expectativas de melhoria em suas propriedades.

A programação começou com a abertura pelo coordenador do projeto, o engenheiro agrônomo Fabrício Tomaz Ramos, que destacou a importância do empenho dos agricultores e produtores familiares. Ele apontou como exemplo uma iniciativa parecida no município de Aripuanã, o projeto “Sistemas Agroflorestais manejados participativamente com tecnologias agroecológicas” – que está dando certo com geração de renda fixa e qualidade de vida para seis famílias com o mesmo perfil do projeto Agricultores do Futuro.

“Nosso foco é mostrar que é possível viver do que se produz e evidenciar para os jovens que com dedicação e organização é possível viver no campo”, enfatizou.

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Segundo Fabrício, o prazo para consolidar e assistir essas famílias é de um ano. “O diferencial desses produtores é que já produzem e vendem no comércio local, mas têm uma infinidade de problemas e deficiências, que podemos auxiliar com o projeto, tornando as famílias autossuficientes”, destacou.

A oficina irá consolidar o diagnóstico de cada propriedade identificando os pontos fortes, os problemas e as demandas a serem trabalhadas no período estabelecido em 14 propriedades.

Claudenice Gonçalves Lagares, por exemplo, produz hortaliça orgânica, mas tem dificuldade na comercialização, além de sempre perder parte da produção por diferentes motivos. “Vendo parte dos produtos para a Universidade Federal de Mato Grosso e nas feiras livres na cidade, mas perco 40% porque sobra. Preciso de auxilio também no combate as pragas como pulgões e cupim, além de outros detalhes”, frisou.

A oficina

Foi feita uma dinâmica para a interação entre os participantes e para conhecer a realidade de cada propriedade, destacando o que almeja cada participante. Cada família fez a explanação da sua realidade e do que deseja com o auxílio do projeto.

Participaram da primeira oficina produtores dos Projetos de Assentamento Agroana Girau, Carandazinho, JV Cumbaru e Santo Onofre e das Comunidades: Santa Helena, Campina II, Bittencourt, Frei Manoel e Rodeio.

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As oficinas serão realizadas até 15 de outubro nos municípios de Nobres, Planalto da Serra, Nova Brasilândia, Rosário Oeste, Chapada dos Guimarães, Acorizal, Jangada, Cuiabá, Várzea Grande, Nossa Senhora do Livramento, Barão de Melgaço, Santo Antônio do Leverger e Campo Verde. A segunda edição será no município de Acorizal nesta sexta-feira (22).

Estiveram também na abertura, realizada no Sindicato Rural de Poconé, o prefeito Tatá Amaral, o secretário de Agricultura Amarildo Schmieleski e o diretor de agricultura Dito Rosulino, além da equipe da Empaer do escritório local, que auxilia na condução do projeto no município.

O projeto

Participam do projeto 140 produtores familiares do Vale do Rio Cuiabá e entorno, que foram selecionados de acordo com o objetivo da iniciativa que é fortalecer a agricultura familiar e criar caminhos para os jovens permanecerem no campo.

O projeto conta também com apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Territorial – Campinas e da Fundação de Amparo à Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Mato Grosso (Fundaper).

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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