MATO GROSSO
Operação integrada em resposta ao ataque à base do Indea finaliza com oito presos e armas apreendidas
MATO GROSSO
Desde sexta-feira (06), as forças de segurança trabalharam na identificação e localização dos criminosos, em Colniza.
As forças de segurança do Estado finalizaram, na tarde desta quarta-feira (11.12), a operação integrada realizada em resposta ao ataque à uma base do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), no distrito de Guariba, em Colniza, ocorrido na última sexta-feira (06). Ao todo, oito pessoas foram presas.
Nesta quarta-feira (11), durante continuidade das buscas, as equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da Companhia de Colniza localizaram, em meio a uma região de mata, duas armas longas, sendo uma de calibre 12 e outra de calibre 20. As equipes identificaram que as armas são as mesmas utilizadas no ataque e que atingiram um sargento da Polícia Militar, que ficou ferido.
Ainda de acordo com a força-tarefa, dos 11 suspeitos identificados, oito já foram presos desde o último sábado (07), e o caminhão roubado pela quadrilha foi apreendido e inutilizado pelos agentes de segurança. Além disso, outros dois suspeitos negociam para se apresentarem na Delegacia da Polícia Judiciária Civil do município em breve.
Durante os seis dias de operação, desde a última sexta-feira (06), mais de 60 agentes policiais reforçaram a região e trabalharam ininterruptamente na caçada aos criminosos.
O comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Cláudio Fernando Carneiro Tinoco, ressalta que o sucesso da operação se deu pela pronta resposta do Governo do Estado no empenho para o envio dos policiais até a área.
“Temos que somente agradecer o empenho do Governador do Estado e do secretário de Segurança Pública, que não mediram esforços para que a missão fosse desempenhada. Desde que soubemos do ataque, nossos policiais foram deslocados e rapidamente conseguimos a identificação de todos os envolvidos e a prisão da maioria dos integrantes da quadrilha”, destacou.
Fizeram parte da operação equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), Batalhão Ambiental, Força Tática, Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), com envio de helicóptero e aeronaves, e Polícia Judiciária Civil. Além das polícias Militares do Amazonas e Rondônia.
O trabalho no local continua com as equipes do 8º Comando Regional da Polícia Militar e Polícia Civil para a captura dos criminosos restantes.
Entenda o caso
Na noite da última sexta-feira (06), a base do Indea, no Distrito de Guariba, em Colniza, foi alvo de um atentado de criminosos que fizeram o roubo de um veículo com carga de madeira ilegal, apreendido no dia anterior pelos agentes de fiscalização.
Os criminosos estavam armados e efetuaram diversos disparos de arma de fogo contra as equipes que faziam a segurança do local. Na ação, um sargento da Polícia Militar foi atingido com tiros, em várias partes de seu corpo, ele foi socorrido e ainda passa por acompanhamento médico, em Cuiabá.


MATO GROSSO
Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.
Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.
Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.
Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.
Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.
Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.
A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.
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