MATO GROSSO
Operação mira organização criminosa que fez vítimas de estelionato em 13 estados do País
MATO GROSSO
A operação envolve 180 policiais civis para os cumprimentos das ordens judiciais em quatro cidades de Mato Grosso – Cuiabá, Várzea Grande, Santo Antônio do Leverger e Cáceres.
A investigação, conduzida pela Delegacia Especializada em Estelionato e Outras Fraudes, identificou vítimas da organização criminosa em, ao menos, 13 estados brasileiros: Roraima, Distrito Federal, Bahia, São Paulo, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, Goiás, Paraná e Mato Grosso do Sul.
Investigação
O inquérito que originou a Operação Gênesis foi instaurado pela DEEF, após a informação de que o investigado O.J.O.S.M., morador do bairro Despraiado, na Capital, estava aplicando diversos golpes na modalidade fraude eletrônica. Ele usava contas bancárias digitais de terceiros para receber o dinheiro dos golpes aplicados, entre eles o do ‘perfil falso de Whatsapp’ e do ‘falso intermediador de vendas’.
Para executar as ações criminosas, o suspeito recrutava pessoas para que abrissem contas bancárias. Após a abertura das contas, ele passava a administrá-las, instalando os aplicativos dos bancos em seu aparelho telefônico. O dinheiro dos golpes passava a ser depositado nessas contas e, na sequência, era sacado ou transferido para outras contas pelo próprio golpista ou por seus comparsas.
No decorrer da investigação, a Polícia Civil identificou outras pessoas que, de alguma forma, estariam associadas para a prática dos golpes.
Em julho do ano de 2022 foram cumpridas várias buscas sendo que nesta oportunidade diversos eletrônicos foram apreendidos. Os conteúdos foram analisados pelo Núcleo de Inteligência da delegacia e resultaram em material probatório que deu base à Operação Gênesis.
“Além da identificação de vários golpes aplicados pelos suspeitos, a investigação apurou a existência de não apenas uma associação criminosa, sendo possível delimitar os contornos de uma verdadeira organização criminosa e, com a divisão de tarefas entre seus membros, instalada para a prática de fraudes eletrônicas” explicou o delegado Pablo Carneiro.
Além dos golpes, foi constatado que o grupo também fazia a lavagem de capitais para dissimular a origem ilícita dos valores ilegalmente auferidos, “pulverizando” os valores obtidos em diversas contas de outros membros da organização criminosa.
Durante o inquérito, foi possível identificar a ocorrência de outros delitos de estelionato que fizeram vítimas em vários estados. Entre elas, os policiais da DEEF identificaram 19 vítimas lesadas em valores que vão de R$ 3.116,00 a R$ 311.490,00. A soma dos valores tomados das vítimas ultrapassa R$ 1 milhão.
“Os valores discriminados são relativos aos golpes em que as vítimas foram identificadas quando foi feita a análise dos celulares apreendidos. Além disso, percebe-se uma intensa movimentação de valores entre os suspeitos, que indicam com clareza que o volume de dinheiro levantado pela organização criminosa é bem maior”, pontuou o delegado.
Organização criminosa
A investigação apontou uma nítida divisão de tarefas entre os membros da organização, com as seguintes funções:
• Suspeitos que “vendem/alugam” a própria conta bancária;
• Sacadores;
• Agenciador/captador de contas;
• Suspeitos que aplicam o golpe (finalizador);
• Suspeitos que fazem postagens nas plataformas digitais;
• Suspeitos que cobram a “taxa” para uma facção criminosa
Dados do Observatório de Segurança Pública da Sesp indicam que em Mato Grosso, no primeiro semestre de 2021, os casos de estelionato aumentaram 19% em comparação ao mesmo período do ano anterior. No estado houve 7.491 casos registrados entre janeiro e junho de 2021 e 6.309 no mesmo período de 2020.
“A digitalização das finanças, potencializada pelos últimos anos de pandemia da covid e criação do Pix, fez nascer um ambiente propício para o alto crescimento dos crimes patrimoniais no ambiente digital, dando especial destaque aos delitos de fraude eletrônica e furto mediante fraude”, finalizou o delegado.
A Operação Gênesis envolve efetivos de delegacias das Diretorias Metropolitana e de Atividades Especiais da Polícia Civil.
Fonte: GOV MT


MATO GROSSO
Inteligência Artificial avança entre os pequenos negócios em MT, mas ainda enfrenta barreiras

Uma revolução silenciosa está em curso no campo empresarial de Mato Grosso. Isso porque a Inteligência Artificial (IA) – antes restrita às grandes corporações – começa a ganhar espaço entre empreendimentos de pequeno porte do estado. Segundo levantamento do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Mato Grosso (Sebrae/MT), 17% dos negócios já utilizam algum tipo de tecnologia baseada em IA. Embora ainda minoritário, esse índice aponta para uma transformação que promete redefinir a forma como esses negócios operam e se relacionam com os clientes.
As funções mais requisitadas estão relacionadas a áreas com retorno rápido e visível. O atendimento ao cliente é a principal delas, com 85% das empresas usuárias de IA adotando a tecnologia para automatizar interações, seguidas por gestão financeira (56%) e marketing com análise de dados (54%). Outras aplicações como controle de qualidade (25%), automação de processos (19%) e desenvolvimento de produtos (15%) também começam a ganhar espaço, mas ainda representam uma parcela menor da adoção.
Na visão do gerente de Inovação do Sebrae Mato Grosso, Lucas Moreira, as soluções práticas e acessíveis proporcionadas pela tecnologia na rotina das empresas otimiza processos e permite que os empreendedores dediquem mais tempo às áreas estratégicas do negócio. “A Inteligência Artificial tem enorme potencial para transformar a realidade dos pequenos negócios no nosso estado. Ainda que a adoção dessas ferramentas esteja começando, os resultados já são visíveis para quem está se abrindo para essa mudança”, afirma.
Entre os setores com maior uso da IA estão a indústria, a tecnologia da informação (TI) e o varejo, que combinam maior exigência de controle operacional com abertura à inovação. No entanto, até mesmo em áreas mais tradicionais como comércio e agropecuária, a tecnologia tem sido usada para melhorar o relacionamento com o cliente. Isso porque negócios presenciais priorizam atendimento automatizado, enquanto empresas online se concentram em marketing, segurança e controle de qualidade.
Barreiras
O avanço da IA, entretanto, esbarra em barreiras significativas. A principal é a falta de conhecimento técnico, relatada por 67% dos empresários. Também são recorrentes a resistência à mudança (55%), a ausência de dados para treinar os sistemas (52%) e os altos custos (42%). Essas dificuldades são mais agudas em setores como logística, recursos humanos e qualidade — áreas com alto potencial de ganho, mas ainda pouco exploradas.
“A IA, quando aplicada de forma simples e objetiva, em áreas como marketing, finanças ou relacionamento com o cliente, entrega retorno rápido e direto. Mas é preciso trabalhar na capacitação e no apoio a esses empreendedores para que a tecnologia chegue a mais empresas, e o Sebrae está aqui para ajudar o empresário nesta jornada de inclusão da IA em seu negócio”, ressalta o gerente.
Qualificação
Preparar-se para usar o mundo novo de possibilidades exige mais do que investir em tecnologia. Envolve capacitação, mudança cultural e planejamento. Apesar de metade dos empresários se declararem moderadamente otimistas com a IA, apenas 6% afirmam ter uma estratégia definida para adotá-la e 26% pretendem investir em treinamentos.
Moreira, destaca que o Sebrae/MT oferece diversos serviços para capacitar o empresário dentro do multiverso da IA. “Estamos fortalecendo a cultura de experimentação e estimulando o uso da IA com ferramentas acessíveis, capacitações práticas e, principalmente, mostrando que qualquer empresa pode e deve dar o primeiro passo. Queremos que o pequeno negócio mato-grossense não apenas acompanhe essa transformação, mas seja protagonista dela. A inteligência artificial não veio para substituir ninguém, mas para dar mais tempo e clareza na tomada de decisões. O futuro já começou e o Sebrae está aqui para caminhar junto com os empreendedores”.
Dados da pesquisa
O estudo foi conduzido por meio de entrevistas telefônicas, entre os dias 2 e 22 de abril de 2025, em todo o estado. Foram entrevistados 1.082 donos de pequenos negócios em Mato Grosso. Para a sondagem utilizou-se a metodologia quantitativa, com margem de erro de 5% para 95% de confiança.
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