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Operação Piratas do Agro mira criminosos que roubaram 490 toneladas de fertilizantes em fazendas de Mato Grosso

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Mais uma operação da Polícia Civil de Mato Grosso foi deflagrada nesta quinta-feira (23). Desta vez, os alvos são uma associação criminosa voltada ao furto de fertilizantes em propriedades rurais do estado. O inquérito instaurado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) investiga, ao menos, cinco furtos de cargas de fertilizantes de fazendas localizadas nos municípios de Sorriso, Brasnorte, Santa Rita do Trivelato e São José do Rio Claro, de onde foram subtraídas 490 toneladas de produtos, com prejuízo estimado às vítimas em, aproximadamente, R$ 1,2 milhão. 

Segundo informações da Polícia Civil, com base no material coletado e nas informações reunidas no inquérito, a GCCO representou por quatro prisões temporárias de integrantes da quadrilha, cinco buscas e apreensões domiciliares e seis apreensões de veículos, entre eles, dos caminhões utilizados nos crimes e veículos de propriedade dos investigados.

O objetivo da Polícia Civil é apresentar os veículos ao Poder Judiciário para que sejam leiloados os bens e os valores arrecadados, revertidos às vítimas visando o ressarcimento dos prejuízos sofridos. Os mandados foram deferidos pela 2ª Vara Criminal de Sorriso. 

As investigações da GCCO contaram com o apoio da Delegacia de Sorriso e da Delegacia de Roubos e Furtos de Nova Mutum. 

A operação conta com o apoio das delegacias da Regional de Rondonópolis, município onde todos os investigados da quadrilha residem.

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As investigações identificaram que a quadrilha começou praticar os crimes após comprar o caminhão tipo “munck”, equipamento imprescindível para a prática dos delitos. Os integrantes do bando iam a propriedades rurais, onde estavam depositados os fertilizantes armazenados em bags (grandes bolsas de plástico) que ficam em meio às lavouras. Com o caminhão, eles içavam as bags sobre as carretas de outros dois caminhões, cortavam o fundo dos sacos e despejavam o fertilizante a granel nas carretas para serem transportados. 

Durante a apuração, a Polícia Civil identificou também os veículos utilizados pelo bando criminoso para o transporte dos fertilizantes, além de um veículo VW Polo branco usado pelo grupo para o levantamento e identificação das fazendas alvo das ações criminosas.

Furtos 

Os crimes apurados no inquérito ocorreram em quatro diferentes municípios de Mato Grosso, todos de extensa produção agrícola. No dia 08 de setembro do ano passado, criminosos entraram em uma fazenda no município de Sorriso, localizada na MT-404, e levaram cerca de 133 toneladas de cloreto de potássio, avaliadas em R$ 252 mil. De acordo com a ocorrência registrada pela vítima, o produto estava acondicionado em bags armazenadas em meio à área de plantação e foram encontrados vazios e rasgados no local.

Já no dia no dia 11 de setembro, outro furto foi registrado em uma propriedade agrícola de Brasnorte, na região noroeste do estado. Da fazenda foram furtadas 30 toneladas de cloreto que estavam em bags, avaliadas em R$ 57 mil. 

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O terceiro furto praticado pela quadrilha foi registrado em 15 de setembro, em Santa Rita do Trivelato, no norte de Mato Grosso, de onde foram levadas 127 toneladas de adubo a granel, avaliadas em R$ 228 mil. As bags dos produtos foram encontradas rasgadas na área da plantação. 

Outra propriedade em Sorriso foi alvo da quadrilha no dia 18 de setembro. Da fazenda, localizada na MT-242, foram furtadas 92 toneladas de adubo granulado, cujo valor é estimado em R$ 310 mil. 

Conforme o registro da ocorrência, o produto estava acondicionado nas bags e ficavam em meio à plantação, a cerca de cinco quilômetros da sede da fazenda.

Já no mês de janeiro deste ano, outro furto com as mesmas características foi registrado em uma fazenda do município de São José do Rio Claro, na MT-235. Da propriedade foram levados quase 60 mil quilos de de ureia granulada, avaliados em R$ 293 mil, e mais 37,8 toneladas de sulfato de amônia, avaliadas em R$ 48,7 mil. 

O título da operação faz referência aos criminosos que agem em diversas regiões do estado, como verdadeiros piratas, subtraindo produtos destinados ao agronegócio.

FONTE/ REPOST: FABIANA MENDES – OLHAR DIRETO 

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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