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Palestra do TCE-MT aborda noção contemporânea do sujeito e seus impactos no direito

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partir de elementos da filosofia, história e teoria geral do direito, os professores doutores Júlio Cesar Vellozo e Henrique Garbellini apresentaram, em capacitação do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), as diferentes concepções sobre o sujeito ao longo da história do pensamento, apontando sua permanente mutação.

O impacto dessas transformações foi abordado durante a palestra “Formação da Noção Contemporânea de Sujeito de Direito”, que registrou cerca de 700 inscrições para as modalidades online e presencial nesta sexta-feira (14). O encontro, realizado pela Escola Superior de Contas, foi transmitido pelo canal do TCE-MT no YouTube.

Na ocasião, o professor doutor Júlio Cesar Vellozo explicou que a formação do sujeito não é um conceito natural, mas cultural. Portanto, considerando que o direito contemporâneo tem como base a noção de indivíduo, a discussão terá impacto nas rotinas dos servidores e na prestação de serviço.

Foto: Tony Ribeiro/TCE-MT

“É um tema muito ligado à operação completa do direito, porque hoje vivemos mudanças muito significativas na concepção do que é uma pessoa. O curso abre um horizonte para problemas colocados no cotidiano de quem trabalha com o direito. Então, é um tema teórico, mas que, ao mesmo tempo, tem uma dimensão concreta”, disse.

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O professor doutor Henrique Garbellini, por sua vez, chamou a atenção para as questões tecnológicas que atravessam a temática e impactam diretamente na construção deste conceito.

“Tratamos também sobre nossa relação com questões virtuais e sobre quais são nossos direitos e deveres nesse contexto. Trouxemos uma análise histórica e destacamos diferentes questões processuais que envolvem a ideia sobre o que seria um sujeito de direito na atualidade”, pontuou.

Foto: Tony Ribeiro/TCE-MT

Para o procurador-geral do Ministério Público de Contas (MPC), Alisson Alencar, a abordagem é fundamental no contexto da administração pública. “Precisamos estar bem capacitados e organizados. Essa capacitação levanta justamente o papel das instituições, servidores e cidadãos na preservação dos direitos de todos os seres humanos.”

No mesmo sentido se pronunciou o consultor jurídico-geral e coordenador pedagógico da Escola, Grhegory Maia, “Tudo o que foi falado deve ser aplicado ao nosso dia a dia. Ao analisarmos um processo, temos que entender que, por trás dele existe o ser humano com seus anseios e necessidades.”

Ciclo de capacitações

Foto: Tony Ribeiro/TCE-MT
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A palestra faz parte das diretrizes da gestão do presidente da Corte de Contas, conselheiro José Carlos Novelli, que tem foco na orientação para garantir a efetividade da gestão pública. Assim, a Escola Superior de Contas, sob supervisão do conselheiro Waldir Teis, vem executando uma série de cursos, seminários e congressos.

Foi o que reforçou o coordenador-geral da unidade de ensino do TCE-MT, José Marcos da Silva, ao explicar que o encontro integra o planejamento estratégico 2022/2023. “Temos realizado uma série de palestras e cursos que concretizam essa estratégia, nos aproximando da gestão pública de maneira presencial e online.”

A ação foi fruto de parceria com a Escola de Direito da Alfa Educação. “Esses cursos têm interesse público grande e contamos com a presença maciça de ouvintes. Sem dúvida isso trará melhorias para a gestão e para a sociedade, então agradeço a confiança do Tribunal em nós”, concluiu o diretor da instituição, professor doutor Thiago Matsushita.

 

Secretaria de Comunicação/TCE-MT
E-mail: imprensa@tce.mt.gov.br
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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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