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Pesquisa em MT busca impulsionar produção de gergelim por meio de inovação tecnológica

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Mato Grosso é um importante polo na produção nacional de gergelim, sendo responsável por cerca de 60% da safra brasileira. A cultura, que tem alto potencial econômico, deslancha sobretudo na região do Araguaia, no nordeste mato-grossense. O município de Canarana se destaca nesse cenário, com condições favoráveis para o cultivo da semente, que apresenta bom rendimento mesmo em períodos de estiagem.

Diante desse contexto promissor, a pesquisadora doutora Tanismare Tatiana de Almeida, especialista em Ciências Agrárias e em produção e tecnologia de sementes, e atual coordenadora do Centro de Estudos e Análises de Sementes (CEAS) da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), lidera um projeto de pesquisa que busca desenvolver soluções tecnológicas inovadoras para impulsionar a produção de gergelim no Estado.

A pesquisa é financiada pelo Governo de Mato Grosso, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat). Os objetivos desse projeto incluem investigar arranjos espaciais, definir a densidade e o espaçamento ideal que resultem em sementes de qualidade superior, além de desenvolver um pacote tecnológico que estimule a produção de sementes em Mato Grosso.

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“A aplicação dessas pesquisas nos campos de produção de sementes é fundamental devido à escassez de material propagativo adaptado às condições do Estado. A interação entre a planta, o ambiente de produção e o manejo da cultura impacta diretamente na produtividade, especialmente em aspectos como densidade populacional, espaçamentos e adaptação de cultivares. Portanto, é essencial desenvolver práticas de manejo específicas para a produção de sementes de gergelim em Mato Grosso”, ressalta a coordenadora.

“Diante das condições de realização da pesquisa na região de Cáceres, foi possível atingir uma produtividade variando de 880kg/ha a 1.300kg/ha para o cultivar K3, e de 570 a 670kg/ha para cultivar ‘Trebol’, somente com a alteração no espaçamento e na população de plantas”, destaca a pesquisadora.

Ela acrescenta ainda que outros projetos com o gergelim estão sendo desenvolvidos pela equipe do Ceas em virtude do apoio do Governo do Estado, por meio da Fapemat, que é fundamental para o desenvolvimento desses trabalhos.

Fomento às pesquisas

O presidente da Fapemat, Marcos de Sá Fernandes da Silva, ressalta que as atividades de pesquisa e extensão desenvolvidas pelas universidades, em colaboração com entidades públicas e privadas, desempenham um papel crucial para atender às demandas dos produtores e da sociedade.

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“Através de esforços conjuntos, com a busca por soluções tecnológicas inovadoras, é possível direcionar recursos para o desenvolvimento do agronegócio no Estado, impulsionando, a exemplo, a produção de gergelim e fortalecendo a posição de Mato Grosso como um importante centro agrícola, tanto no cenário nacional quanto internacional”, afirma.

Fonte: Governo MT – MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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