MATO GROSSO
Pesquisa revela que 64% dos cuiabanos apoiam o fim do VLT
MATO GROSSO
Um total de 64,4% da população cuiabana apoia a substituição do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) pelo BRT (Bus Rapid Transit), conforme decisão do Governo do Estado.
Os dados são de um estudo feito pelo Instituto Percent, entre os dias 27 de fevereiro e 3 de março, ouvindo 600 pessoas em Cuiabá (confira o gráfico abaixo).
A pesquisa mostra que apenas 27% dos pesquisados são contra a troca, e 8,7% não souberam responder. O estudo tem intervalo de confiança de 95%, com margem de erro de 4% para mais ou para menos.
Atualmente, o Governo do Estado trabalha na remoção dos trilhos, postes e cabeamentos do VLT na Avenida da FEB, em Várzea Grande.
Em Cuiabá, por questões políticas, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) tenta inviabilizar o BRT.
A Procuradoria Geral do Estado (PGE), incluisive, acionou a Justiça para obrigar a Prefeitura de Cuiabá a analisar o projeto de infraestrutura do BRT.
A PGE ainda pediu à Justiça para que os documentos sejam analisados sob pena de, após transcorrido o prazo, sejam considerados aprovados. O pedido está sendo analisado pela 2ª Vara da Fazenda Pública de Cuiabá.
Segundo o pesquisador Ronye Steffan, diretor da Percent, o resultado do estudo mostrou que está cristalizada a ligação do VLT com casos de corrupção, como a cobrança de propina de R$ 1 milhões ao Consórcio VLT pelo ex-governador Silval Barbosa.
“Não há o que se discutir quanto a esse vínculo com a corrupção. Isso, mais os gastos de R$ 1 bilhão e o fatos das obras terem sido paralizadas desde 2014, praticamente enterrou a esperança da população cuiabana em ter o VLT”, disse.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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