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Pesquisadores desenvolvem projeto para monitoramento de emissões de de dióxido de carbono por satélite no cultivo de soja

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Projeto de pesquisa desenvolvido em Mato Grosso permite monitorar o cultivo de soja e as emissões de dióxido de carbono (CO2) utilizando imagens de satélite e tecnologia de ponta. O projeto tem como objetivo fornecer informações detalhadas e atualizadas sobre as áreas de cultivo e as emissões de CO2 associadas à soja. Esses dados estão disponíveis gratuitamente para o público em geral através da plataforma SojaMaps.

“O Estado de Mato Grosso, com uma área de aproximadamente 903.378Km2, é um dos maiores produtores de soja do Brasil, com isso é importante desenvolver projetos que viabilizem o monitoramento de emissões de carbono, buscando soluções na redução dos efeitos de gás no efeito estufa e nas mudanças climáticas”, ressalta o doutor da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Carlos Antonio da Silva Junior.

O projeto de pesquisa foi financiado pelo estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) através do Edital Fapemat nº. 010/2022 – Pesquisas com Nível Médio de Maturidade nas Engenharias

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O projeto utiliza uma série temporal de imagens de satélite, abrangendo a totalidade dos 141 municípios. As imagens fornecidas pelos sistemas sensores Terra/MODIS, Landsat-8/OLI e Sentinel-2/MSI, com diferentes bandas (multiespectrais), são cruciais para identificar e monitorar a dinâmica temporal da soja e outras coberturas do solo.

Para mensurar as emissões de dióxido de carbono (CO2) é utilizado o sistema portátil EGM-5 (modelo AGA560), que monitoriza as variações da concentração de CO2 no solo através da espectroscopia de absorção óptica no infravermelho. O FCO2 ou fluxo de CO2 é medido em cada ponto de amostragem, ajustando a concentração de CO2 dentro de uma câmara fechada em função do tempo. Este processo, que leva 90 segundos por ponto, permite uma medição precisa das emissões de dióxido de carbono, que são complementadas pela monitorização da temperatura e umidade do solo.

Integração com dados de satélite

Após essas medições locais serem efetuadas, os dados são validados utilizando modelos espectrais complexos baseados em dados do sensor MODIS. O Índice de calculado será utilizado para estimar a eficiência de carbono pela vegetação, indicando a taxa de armazenamento de CO2 nas folhas, integrando esses dados na plataforma SojaMaps, proporcionando uma visão abrangente das emissões de dióxido de carbono e da eficiência do cultivo da soja.

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“O SojaMaps é acessível por meio do portal institucional da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), no endereço pesquisa.unemat.br/gaaf/plataformas/sojamaps. Este portal permite a visualização e o download dos dados mapeados, integrando informações de áreas mapeadas de soja e emissões de CO2, essa plataforma é gratuita e de fácil acesso. O projeto não só permite uma melhor compreensão das áreas de cultivo de soja e dos seus fluxos de CO2, mas também contribui para a transparência e a acessibilidade das informações sobre o uso do solo e o impacto ambiental no Mato Grosso.

Para mais informações e acesso à plataforma, visite:
https://pesquisa.unemat.br/gaaf/plataformas/

Fonte: Governo MT – MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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