MATO GROSSO
PL de Botelho determina divulgação sobre saúde mental nos veículos de comunicação pública
MATO GROSSO
OMS APONTA QUE ANSIEDADE ATINGE MAIS DE 260 MILHÕES DE PESSOAS. PROJETO DE LEI 1/2024 DO DEPUTADO AGUARDA PARECER DA CCJR
Os veículos de comunicação dos órgãos públicos devem divulgar nas plataformas digitais, rádio e televisão, informes sobre os cuidados necessários à saúde mental. É o que determina o Projeto de Lei 1/2024, apresentado pelo deputado Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso – ALMT.
O projeto aguarda o parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação – CCRJ, antes da votação em Plenário. Objetivo é disseminar os dados sobre as entidades que atuam no atendimento às pessoas com transtornos mentais e facilitar o acesso das informações relacionadas aos cuidados com saúde mental.
Botelho argumenta que a mídia tem papel essencial na prevenção do suicídio, divulgando informações como sites, endereços e telefones de entidades assistenciais e de apoio, que facilitem o acesso do cidadão aos especialistas no assunto.
Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), o grau de publicidade numa história de suicídio correlaciona-se diretamente com o número de suicídios posteriores ao fato divulgado. Além disso, há também relação entre a veiculação na televisão e o aumento de casos em até 10 dias após o ocorrido, ainda mais quando envolvem celebridades.
Na busca de diminuir o número de casos no Estado. O deputado reforça a importância social da proposta. “Parte da população não consegue identificar os sintomas. Só busca um profissional quando a situação se agrava. Outros tentam tratamentos alternativos. Por isso, quanto mais orientação por intermédio da imprensa, melhor”, explica Botelho.
A preocupação do parlamentar tem fundamento. Estudiosos afirmam que ao divulgar notícias sobre suicídio, devem publicar também contato e endereço de serviços de saúde mental. Falar dos sinais de alerta ao comportamento suicida. Mostrar que depressão tem tratamento, bem como serviços de apoio à família.
São veículos de comunicação de órgãos públicos: Sites, rádio e televisão dos órgãos dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, autarquias e fundações, assim como, as redes sociais oficiais.
Recomendação OMS
Botelho cita na justificativa do projeto de lei, que a OMS em 1946, declarou saúde mental como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou enfermidade. É um estado de bem-estar no qual a pessoa é capaz de apreciar a vida, trabalhar e contribuir para o meio em que vive ao mesmo tempo em que administra as próprias emoções.
Ansiedade
Contudo, a OMS aponta que problemas de saúde mental têm se tornado cada vez mais comum no mundo. A ansiedade, por exemplo, atinge mais de 260 milhões de pessoas. Alerta que o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas.
Outro dado alarmante é do Ministério da Saúde, que reuniu informações sobre a saúde mental do brasileiro durante a pandemia da Covid-19. A pesquisa revela que a ansiedade foi o transtorno mais presente no período.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
-
MATO GROSSO7 dias atrás
CONCEEL-EMT reforça orientações sobre a nova identificação das Unidades Consumidoras
-
MATO GROSSO6 dias atrás
Utilização de veículos como pagamento de imóveis se torna opção de mercado em Cuiabá
-
MATO GROSSO4 dias atrás
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
-
ARTIGOS4 dias atrás
Tecnologia, ciência e humanização: o tripé da medicina do futuro
-
GERAL7 dias atrás
TNT Energy Drink acelera a expansão no universo do basquete com embalagens exclusivas temáticas da NBA no Brasil
-
ARTIGOS4 dias atrás
Especialista em diagnóstico por imagem explica como a biópsia guiada contribui para o tratamento precoce do câncer de mama
-
ARTIGOS16 horas atrás
Dia do Médico: Desafios, avanços e a missão de cuidar