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Plataforma Mais Inglês MT é ferramenta inclusiva do Estado para estudantes com dislexia

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A Plataforma Mais Inglês MT, disponibilizada pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) aos estudantes da rede estadual, é uma ferramenta educacional inclusiva e inovadora que auxilia alunos com transtorno de aprendizagem do neurodesenvolvimento e está entre as medidas de inclusão adotadas pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) que podem ser destacadas neste Outubro Azul e Laranja, mês de conscientização sobre a dislexia.

A plataforma está disponível desde 2022 nos Chromebooks para estudantes a partir do 8º ano do ensino fundamental, do ensino médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Equipada com um conjunto abrangente de características adaptadas às necessidades de aprendizagem, o Mais Inglês MT se destaca em várias frentes com sistema de reconhecimento de voz, ajuste de fontes, funcionalidade de áudio acompanhante, controle de velocidade de áudio, além de corretores ortográficos e gramaticais que auxiliam na correção de erros comuns.

Com recursos adaptados e suporte personalizado, a plataforma capacita os estudantes para superarem as dificuldades impostas pela dislexia, permitindo que eles desenvolvam habilidades linguísticas e se tornem mais confiantes no aprendizado. Por outro lado, os professores também estão sendo qualificados para dar o suporte individualizado de acordo com cada necessidade.

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O secretário de Estado de Educação, Alan Porto, afirmou que, com uma abordagem inclusiva, a plataforma oferece uma série de recursos, permitindo que esses estudantes superem as barreiras impostas pela dislexia.

“Superar este transtorno de aprendizagem que afeta a capacidade de leitura, escrita e compreensão de textos nas aulas de inglês, acaba contribuindo com o desenvolvimento do estudante também em outras disciplinas”, pontuou.

Segundo ele, uma das principais características da Plataforma Mais Inglês MT é a interface intuitiva e de fácil navegação. “Os estudantes podem personalizar as configurações de acordo com suas necessidades, como a escolha de fontes específicas, tamanho de texto e cores de fundo, facilitando a leitura e evitando fadiga visual com a extensões do Google Chrome”.

A plataforma também oferece exercícios interativos e jogos educacionais que são projetados para ajudar os estudantes a desenvolver habilidades de leitura e escrita em inglês. De acordo com o secretário, “essas atividades são cuidadosamente elaboradas, levando em consideração as dificuldades enfrentadas por estudantes, como a confusão de letras e a dificuldade de decodificar palavras”.

Além de ser acessível e respeitar o ritmo de aprendizado de um estudante disléxico, também é benéfica para estudantes com deficiência auditiva, visual, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, transtorno do espectro autista, deficiência intelectual, dificuldades de aprendizagem específicas e deficiências motoras.

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A personalização do ensino é uma das principais características do Mais Inglês MT, uma das 30 políticas educacionais do Plano Educação 10 Anos, que objetiva colocar a educação pública de Mato Grosso entre as 5 mais bem avaliadas no país até 2032.

“Garantimos que cada aluno tenha uma experiência adaptada às suas necessidades individuais. Desde que implantamos a plataforma, a sala de aula nunca mais foi tratada da mesma forma como se todos fossem iguais. Esta é a inclusão que queremos”, afirmou o secretário.

Outubro Azul e Laranja

Dos dias 8 a 17 de outubro, a Seduc-MT promove uma série de ações de conscientização na Rede Estadual de Ensino sobre a Dislexia, entre elas o Fórum sobre Dislexia na Escola da Defensoria Pública (09), o VIII Simpósio sobre Dislexia de Mato Grosso na Assembleia Legislativa (10) e, no dia 17, será comemorado o Dia D da Dislexia no prédio da Administração Central, em Cuiabá.

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Estudo revela déficit de 5 milhões de hectares de Reserva Legal no Mato Grosso e alerta para risco de embargos  

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Durante reunião realizada entre o Fórum Agro MT e a Frente Parlamentar da Agropecuária de Mato Grosso (FPA-MT), o perito da Polícia Federal, Bernardo Tabaczenski, apresentou estudo que trouxe números alarmantes sobre a situação da Reserva Legal no Mato Grosso, especialmente no bioma amazônico. O levantamento, baseado em dados oficiais do Cadastro Ambiental Rural (CAR), revela um déficit de 4,9 milhões de hectares em todo o bioma de áreas que precisam ser compensadas ou recuperadas no estado.

Segundo Tabaczenski, que ocupa cargo técnico-científico na PF, os resultados foram assustadores. “Eu obtive números que julguei assustadores. Hoje, no bioma amazônico de Mato Grosso, temos quase 29 milhões de hectares de imóveis rurais cadastrados. O déficit de Reserva Legal chega a 5,6 milhões de hectares”, afirmou.
O estudo foi apresentado no InterForensics 2025, em Curitiba, e no Conbrap 2025, em João Pessoa, e contou com a participação de outros dois peritos criminais federais.

De acordo com Tabaczenski, a falta de regularização pode trazer sérios impactos para o setor produtivo. “Essas áreas, quando não regularizadas ambientalmente, correm risco de embargo. O custo de recuperação é altíssimo. Imagine recuperar áreas produtivas em Sorriso ou Nova Ubiratã, que valem milhões. Isso é um fantasma para o produtor”, destacou.

O levantamento aponta que, mesmo considerando todas as áreas privadas passíveis de compensação em unidades de conservação, o número não chega a 700 mil hectares — muito abaixo da necessidade. “Dos 4,9 milhões de hectares de déficit, 4,2 milhões estão totalmente desprotegidos. Isso equivale a um terço da área de soja plantada em Mato Grosso. Ou regularizamos, ou haverá embargos. O problema é urgente”, afirmou.

Apesar de a legislação federal e um decreto estadual permitirem compensação em outros estados da Amazônia Legal, a Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema) tem dificultado a aplicação da medida.

“Existe todo o caminho legal para permitir compensação fora do Estado, mas a Sema ainda não percorreu. Talvez falte o conhecimento da realidade dos dados para que haja uma ação mais efetiva. Enquanto Pará e Rondônia já compram reservas em outros estados, Mato Grosso, que sempre foi vanguarda, está ficando para trás”, alertou o pesquisador.

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O deputado estadual e presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, Carlos Avallone se manifestou sobre o tema, e defendeu alterações na legislação para permitir maior flexibilidade.

“Isso traz uma lupa em todo esse processo ambiental e mostra que precisamos sair na frente e autorizar que possamos comprar áreas de compensação em outros estados”, declarou.

Avallone afirmou que pretende articular com o governador Mauro Mendes e com a Assembleia Legislativa para viabilizar uma solução que dê segurança ao setor produtivo. “Se não resolvermos essa questão, o risco de embargo para o produtor será enorme. Temos que permitir que tudo seja feito de forma transparente e legal, porque o déficit é perigoso e precisa de solução urgente”, concluiu o parlamentar.

Já o deputado Nininho manifestou forte preocupação com a dificuldade de regularização e com o impacto das mudanças na legislação ambiental. “Acredito que esse déficit seja resultado de alterações na lei que mudaram os critérios de exploração. Antes, em áreas de floresta, era permitido utilizar 50%, hoje só 20%. No Cerrado, caiu de 80% para 65%. Isso dificultou ainda mais a vida do produtor”, afirmou.

Nininho defendeu a união entre Assembleia, Governo e entidades do setor para encontrar uma saída equilibrada. “Nós temos que fazer esse enfrentamento. Dialogar com a Sema e o Governo, de forma desarmada, para achar um critério justo, que seja bom para o meio ambiente, mas que não seja injusto com os produtores”, completou.

Lei Complementar 801/2024

Avallone também defendeu cautela na regulamentação da LC 801/2024 em Mato Grosso, o parlamentar destacou a importância da lei para fomentar a industrialização no estado. Aprovada pela ALMT e sancionada pelo governador, a LC aguarda, desde o mês de dezembro, sua regulamentação. O texto altera regras do Plano de Desenvolvimento do Estado, impactando incentivos fiscais e a concessão de armazéns, além de fomentar investimentos na industrialização.

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O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB) afirmou que a lei representa um avanço, mas destacou que a regulamentação precisa ser feita com cautela, para evitar brechas que possam comprometer sua efetividade.

“É uma legislação que já foi aprovada e sancionada, dependendo apenas da regulamentação por decreto. Mas é fundamental que cuidemos dessa regulamentação para fechar as portas e não permitir nenhum tipo de subterfúgio que facilite práticas incorretas, que não é o que nós queremos”, declarou.

Minuta de alteração da fitofisionomia em Mato Grosso

O encontro também discutiu a minuta do projeto de alteração da fisionomia vegetal de Mato Grosso. De acordo com o deputado estadual Chico Guarnieri o projeto visa trazer mais segurança e objetividade aos técnicos.

“A grande verdade é que esse projeto que deve ser apresentado visa deixar as coisas mais claras e objetivas para os técnicos que farão a avaliação de tipologia. No passado, houve muitos problemas com esses analistas. Então, um texto mais claro, objetivo e transparente pode proporcionar segurança jurídica tanto para quem analisa quanto para os produtores”, pontuou.

O parlamentar Diego Guimarães destacou que o projeto traz segurança jurídica ao setor produtivo e que o novo texto será mais profundo e consistente.

“Nós precisamos que o que é floresta seja classificado como floresta e o que é cerrado, seja classificado como cerrado, o modelo que tínhamos era arcaico, injusto e era pouco profundo, nós precisávamos aprofundar e aí, reconhecendo depois o veto do governador, a Assembleia, juntamente com a FPA-MT, passou por esse novo momento do aprofundamento, esmiuçando um pouco mais, trazendo critérios extremamente objetivos, com a finalidade de trazer essa justiça e segurança jurídica para todos os envolvidos. Eu creio que o Mato Grosso vai estar em uma vanguarda gigante, caso a gente possa apreciar, aprovar e colocar na vigência uma lei deste tipo”, explicou.

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