MATO GROSSO
Polícia Civil cumpre mandados contra homem suspeito de matar onça-pintada em Poconé
MATO GROSSO
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) e Delegacia de Poconé (104 km ao sul de Cuiabá), realizou diligências na tarde desta sexta-feira (01.04) para localizar o homem que aparece em um vídeo que está circulando na internet e diz ser autor da morte de uma onça-pintada.
O suspeito, que está com a prisão preventiva decretada com base nas investigações da Polícia Civil, ainda não foi localizado e é procurado pela Polícia. Nas diligências, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão domiciliar, sendo um na residência e outro na fazenda do investigado.
No vídeo que está circulando no aplicativo de mensagens WhatsApp, o suspeito aparece ao lado da onça morta, com uma pistola em cima do corpo do animal.
Durante a filmagem, o suspeito confessa o crime e diz que matou a onça no domingo e ainda vilipendia o corpo do animal silvestre falando que o felino “não valia nada” e que se fosse uma fêmea aproveitaria para ter relações sexuais com o animal.
De acordo com informações preliminares obtidas nas investigações da Polícia Civil, o suspeito teria outras armas de fogo, além de couro, patas e outros materiais decorrentes de caça ilegal de animais silvestres em sua casa e na fazenda.
Diante dos fatos, o delegado de Poconé, Maurício Maciel Pereira Júnior, representou com pedido de urgência os mandados de prisão preventiva e busca e apreensão contra o suspeito pelos crimes ambientais de matar animal silvestre, guardar produtos oriundos de animal silvestre, posse e porte ilegal de arma de fogo.
As ordens judiciais foram deferidas pela Justiça, no final da manhã desta sexta-feira (01.04), e cumpridas no início da tarde pelas equipes da Dema e da Delegacia de Poconé. Durante o cumprimento dos mandados, o suspeito não foi localizado e nem a arma que aparece no vídeo.
“Segundo informações, ele está foragido desde ontem e possivelmente levou com ele a arma que utilizou para matar a onça-pintada”, disse o delegado.
Em uma propriedade do suspeito, a equipe da Polícia Militar localizou uma arma, tipo espingarda, que foi apreendida e encaminhada para a Delegacia de Poconé, e será utilizada como material probatório nas investigações do inquérito policial.
As investigações estão em andamento e qualquer denúncia sobre o paradeiro do suspeito podem ser realizadas pelos números de denúncia da Polícia Civil, 181 ou 197.


MATO GROSSO
Decisão do STJ obriga juízes do TJMT analisar essencialidade de grãos em RJ de produtores rurais

O ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), deu provimento ao recurso especial interposto por produtores rurais, e reformou acórdão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), obrigando os juízes a realizar novo julgamento sobre extraconcursalidade dos créditos e da essencialidade dos grãos no processo de recuperacional.
Os produtores entraram com recurso após o Juízo da 4ª Vara Cível da Comarca de Rondonópolis deferir a recuperação judicial dos recorrentes, mas considerar que o crédito executado era de natureza extraconcursal, pois decorria de contrato de Barter com emissão de Cédula de Produto Rural (CPR), não se submetendo aos efeitos da recuperação. Porém, no julgamento, o Tribunal afastou a essencialidade dos grãos sem justificar as razões de tal medida.
Em sua decisão, o ministro destacou que o acórdão do TJMT se limitou a afirmar a extraconcursalidade do crédito com base na natureza da CPR, proveniente de contrato de Barter, porém, sem discorrer sobre a exceção prevista no artigo 11 da Lei 8.929/1994.
“Assim, não há elementos no acórdão que possam subsidiar, de forma concreta, a extraconcursalidade atribuída à CPR, muito menos a não essencialidade dos grãos para garantir o cumprimento do plano de recuperação”, diz trecho da decisão.
Operação Barter é uma operação financeira entre produtor rural e empresas de produtos utilizados no agronegócio, uma modalidade de crédito em que o pagamento ocorre de uma forma diferente do crédito convencional. Por meio de um acordo realizado antes da colheita, o produtor adquire insumos agrícolas e realiza o pagamento com os produtos que ele cultiva em sua lavoura. Isso quer dizer que não é preciso fazer o pagamento antecipado em dinheiro.
De acordo com o advogado do Grupo ERS e especialista em recuperação judicial, Allison Giuliano Franco e Sousa, a decisão traz mais segurança jurídica aos produtores rurais.
“Em um período em que os pedidos de recuperação judicial no campo crescem a cada novo levantamento divulgado, temos uma sinalização de um ministro do STJ que diz que o argumento dos produtores rurais para ficarem com os grãos, pois são bens essenciais para a manutenção da atividade é o suficiente. Com a decisão, o STJ obriga os juízes a se manifestarem sobre a essencialidade dos contratos de Barter, não podendo serem retirados imediatamente da recuperação judicial, isso traz mais segurança jurídica aos produtores”, explicou.
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