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População reconhece melhora no abastecimento de água em Várzea Grande

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Hoje tenho água todo dia. Antes a briga aqui em casa era para economizar água e não deixar acabar, hoje a briga é pra ver quem vai lavar a louça”, brinca a dona de casa Maria Aparecida Pereira, moradora do bairro Maringá I. A experiência dela é resultado do investimento de R$ 200 milhões realizado no saneamento, em Várzea Grande, e é compartilhada por moradores de outras regiões do município.

Gabriela Oliveira Lima, moradora há três anos e meio no Chapéu do Sol, conta que já ficou até dez dias direto sem água e só ouvia dizer que a situação só iria melhorar quando a ETA Chapéu do Sol fosse entregue. “Além de ficar até dez dias, a água vinha sem pressão. Hoje, ainda temos uma intermitência de até dois dias, mas a água vem com pressão”.

Moradora do Distrito de Bonsucesso há 59 anos, Valdenil da Silva Santos, lembra que não havia água encanada, a água vinha direto do rio, trazida pelos irmãos mais velhos. Foi criada assim. Quando a água passou a ser encanada, o líquido tinha gosto ruim e era meio ‘ferruginoso’. “A qualidade da água só mudou com a construção da ETA de Bonsucesso que hoje nos traz uma água potável”.

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Lucimar Rogério Batista, morador há 45 anos da cidade e morador do José Carlos Guimarães, tem uma lanchonete na localidade e lembra dos inúmeros problemas que enfrentou com a falta de água. “A ETA do Chapéu do Sol melhorou nosso fornecimento, já temos uma entrega de água dia sim, dia não. Água é essencial, não temos como ficar sem. Pouco a pouco está melhorando, sendo resolvido”.

Ezequiel do Nascimento, do bairro Luiz Gonzaga, no grande São Mateus, confirma a transformação do fornecimento de água. Morador da localidade há oito anos, hoje ele recebe água dia sim, dia não, “a água vem forte, é uma benção”. Ficou para trás um passado recente de água uma ou duas vezes na semana. “Melhorou 100%. Hoje se falta é porque tem algum vazamento, pois a água vem bem forte”.

A força da água, como conta Ezequiel, produz o aumento da pressão nas tubulações, e como a rede é antiga, cede em alguns pontos, e a solução é realizar mais investimentos para resolver os vazamentos e desperdícios. O prefeito Kalil Baracat (MDB) reconhece que mesmo com investimentos jamais vistos na cidade, mais precisará ser feito para solucionar a questão da água. “É um desafio que está sendo vencido. Esta nova etapa de investimentos no saneamento de Várzea Grande já está em plena execução, para melhorar a distribuição da água por meio da recuperação e ampliação de redes e hidrometração. Existem encanamentos operando na cidade que são da época da minha avó, a prefeita Sarita Baracat. É dessa maneira que nós vamos resolver, definitivamente, o problema de água na cidade Várzea Grande”.

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Saneamento – Em 2021 foi entregue a Estação de Tratamento de Água do Cristo Rei. Já em 2023 foi a ETA Barra do Pari. A terceira estação é a Imigrantes, que será entregue ainda este ano, passando de duas para cinco estações de captação e tratamento de água, localizadas em pontos estratégicos da cidade. A Estação de Tratamento de Esgoto Santa Maria II também está em fase de construção, e será entregue ainda este ano. Várzea Grande também realizou a troca de mais de 25 quilômetros em tubulações modernas e mais resistentes, e realizou mais de 5 mil novas ligações de água.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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