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Prefeito aponta aumento de preços e redução de 50% da atividade turística em Chapada após interdição de rodovia

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O prefeito Osmar Froner, de Chapada dos Guimarães, afirmou hoje que o município já está sentindo os efeitos de uma crise econômica provocada pela interdição da MT-251, que dá acesso a Cuiabá. Segundo o gestor, a atividade turística, principal motor da economia municipal, teve uma redução de 50%. Além disso, os preços de alimentos e outros bens subiram por causa do aumento nos custos com frete.

“Pelo que estudamos, houve um aumento de mais de 40% no frete, por causa da distância. Isso dá um impacto na aquisição de produtos de gêneros alimentícios e outros bens, então, os comerciantes estão certos de que, além de subir o preço, reduz o fluxo de consumidores. Hoje, nossos restaurantes e rede de gastronomia estão trabalhando com 50% de redução. Começa a ter desemprego e crise econômica”, afirmou.

“Logicamente, isso também pesa para a população. A maioria faz a compra nos comércios de Chapada. Poucos têm condições de ir até Cuiabá e Campo Verde, então, quando o custo dos alimentos sobe, todos nós sofremos”, complementou.

Froner esteve em uma comitiva que visitou hoje o local da interdição, no Portão do Inferno. Segundo ele, há tratativas em andamento junto ao governo do Estado para uma solução do problema. “O que pedimos é que essa ação emergencial possa ser rápida e permitir um fluxo maior. Nossa reivindicação é (a passagem de veículos) de até oito toneladas, nesse primeiro instante. E estabelecer uma obra definitiva. Não tem outra alternativa”.

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Conforme Só Notícias já informou, esta noite, a secretaria estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) confirmou que o trânsito no trecho do Portão do Inferno foi totalmente interrompido a partir das 19h desta sexta-feira. A interrupção ocorre pela chuva que cai na região, acompanhada de neblina.

A Sinfra informou ainda que, no momento, não há previsão sobre quando o trânsito voltará a ser liberado. Desta forma, os motoristas que precisam trafegar entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães precisam buscar rotas alternativas. A rota indicada pela secretaria é ir pela BR-163 e 070 até Campo Verde e de lá seguir pela MT-140 e MT-251 até Chapada dos Guimarães.

Hoje, o presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso, Sérgio Ricardo, liderou uma inspeção na região. Acompanhado de técnicos e autoridades, ele defendeu a liberação segura do tráfego de veículos leves para garantir a retomada do abastecimento de Chapada e a continuidade das atividades econômicas de toda a região.

Sérgio Ricardo propôs ainda que o governo do estado crie uma Comissão de Gestão de Riscos de Desabamentos na Rodovia MT-251 e informou que oficiou o governador Mauro Mendes para ações urgentes e imediatas, como um plano de ação, contratação emergencial de especialistas, a implementação da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil e a destinação de recursos para ações de prevenção e resposta rápida em áreas de risco e atingidas por desastres.

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Durante a manhã, representantes da secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (IcmBio), do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MT), dentre outros, debateram soluções para a via. Para além da abertura da estrada, a mais urgente delas, foi levantada ainda a possibilidade de corte de um dos morros que oferece maior risco de deslizamento.

Só Notícias/Herbert de Souza (foto: assessoria)

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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