MATO GROSSO
Presidente da Câmara entrega denúncia de ex-fornecedores ao desembargador Orlando Perri
MATO GROSSO
O presidente da Câmara Municipal dos Vereadores, Chico 2000 (PL), entregou na tarde desta quarta-feira (03) uma denúncia no Tribunal de Justiça (TJ) ao desembargador Orlando Perri, relator da ação que determinou a intervenção na saúde pública de Cuiabá desde o dia 9 de março deste ano.
Trata-se de documentos sobre o rompimento de contrato com uma empresa fornecedora de próteses pela antiga gestão da Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP) para beneficiar uma empresa administrada por médicos que operam, fiscalizam e encaminham os procedimentos para pagamento pela saúde da capital.
“Semana passada recebemos alguns documentos e hoje viemos fazer a formalização dessa denúncia. Nada mais justo e respeitoso do que oficiar o Tribunal de Justiça quanto à denúncia recebida e fomos muito prontamente recebidos pelo desembargador. A partir daqui serão definidos os caminhos e os documentos analisados pela equipe do TJ para as devidas providências serem tomadas e eu não tenho dúvida que serão”, declarou Chico 2000.
Na oportunidade, o desembargador Orlando Perri disse que fará os encaminhamentos necessários. “Vamos repassar ao Ministério Público, que haverá de se pronunciar sobre o caso até para instauração de um procedimento investigativo”, comentou Perri após a reunião.
O vereador Rogério Varanda também esteve presente na entrega dos documentos e destacou o trabalho do Tribunal de Justiça. “É importante a participação dele para que ajude nós da Câmara a descobrir o que tem debaixo de tudo isso que está acontecendo na Saúde de Cuiabá”, pontuou Varanda.
O procurador-geral da Câmara, Marcus Brito, lembrou que, logo após Chico 2000 receber a denúncia, realizou uma reunião e seu gabinete e, em comum acordo, resolveram encaminhar os fatos até o conhecimento do Tribunal de Justiça. “O presidente achou prudente trazer essa denúncia ao desembargador Orlando Perri, que irá encaminhar ao Ministério Público para adotar as providências cabíveis”, afirmou Brito.
Agora, conforme já anunciado anteriormente, o presidente da Câmara irá encaminhar a denúncia ao gabinete da Intervenção, MP, Tribunal de Contas do Estado (TCE) e uma cópia para cada vereador.
*DENÚNCIA* – Na sessão plenária da última terça-feira (02), o presidente da Câmara Chico 2000 Chico comentou que recebeu na semana passada empresários da Síntese Comercial Hospitalar LTDA, que trouxeram a denúncia para ele. No dia 14 de março de 2023, a empresa recebeu ofício assinado por Daniellen Nelian, diretora técnica e administrativa da Empresa Cuiabana, e pelo diretor geral Paulo Rós, de que eles decidiram suspender o contrato com a Síntese.
Segundo os empresários, eles prestaram serviço correto e nunca deixaram de entregar próteses e materiais requisitados pela equipe médica. Contudo, segundo a denúncia, eles foram substituídos por uma empresa cujo inúmeros proprietários são médicos que operam, fiscalizam e encaminham as guias de pagamento para Empresa Cuiabana de Saúde.
ASCOM


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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